Conceitos básicos para entender
música clássica
Abertura
Þ É uma peça orquestral que serve
de introdução a uma obra de grandes dimensões, como por exemplo, uma ópera.
Ária
Þ Em uma ópera ou oratório, é uma
peça vocal para solista com acompanhamento instrumental.
Cânon
Þ Composição em que um tema,
apresentado por uma das vozes, é repetido pelas demais. Ao mesmo tempo, a voz
inicial apresenta um novo motivo que se harmoniza com o primeiro, e que, por
sua vez, será repetido pelas outras vozes.
Cantata Þ Obra de caráter dramático, porém não encenada, que
se compõe de diversas partes para solistas, coro e orquestra. Podendo ter
conteúdo litúrgico (como as cantatas de Bach), freqüentemente versa sobre tema
profano.
Cantochão
Þ Canto litúrgico da Igreja
Católica, geralmente chamado “canto gregoriano”, numa referência a São Gregório
Magno, a quem é atribuída à regulamentação da música sacra oficial.
Coda
Þ (do italiano cauda) É o trecho
de finalização de uma peça musical, baseado na parcial repetição de um tema em
uma melodia musical independente.
Concerto
Þ No século XVII, concerto grosso
é uma peça em que um conjunto de instrumentos solistas se opõe a massa
orquestral. A partir do século XVIII, passa a ser uma peça evoluída da forma de
sonata, em três movimentos – allegro. Adágio, alegro – em que um instrumento
dialoga com a orquestra.
Contraponto Þ É a arte de combinar duas ou mais melodias que se
desenvolvem ao mesmo tempo nas diversas partes ou vozes da partitura.
Divertimento Þ Composição instrumental de forma livre, que
compreende uma sucessão de movimentos curtos e de caráter ligeiro, muito
popular no século XVIII.
Fuga Þ Composição instrumental ou vocal em estilo
contrapontístico (ou seja, de superposição de melodias), é baseada em sistema
de variações sobre um tema gerador curto e característico.
Leitmotiv
Þ (em alemão, motivo condutor) É
uma expressão usada por Wagner para designar temas que caracterizam
personagens, situações ou sentimentos.
Madrigal Þ Composição oral de forma livre, a quatro ou cinco
vozes, de trama contrapontística muito complexa.
Magnificat
Þ É uma composição vocal e
instrumental baseada no hino de louvor á Virgem, pela concepção do Salvador.
Reveste-se às vezes da forma de um oratório.
Missa Þ Gregoriana: a uma voz; polifônica: a várias vozes.
A partir do século XVII, desenvolveu-se um gênero de música concertante, com
orquestra, coro e solistas, composta de árias, duetos, etc. São musicados o
Kyrie, Glória, Credo, Sanctus e Agnus Dei. A missa dos mortos é chamada de
Réquiem e compreende Intróito, Te Decet, Kyrie, Gradual, Absolve, Dies Irae,
Ofertório, Agnus Dei e Comunio.
Música
de Câmara Þ É uma designação genérica das
composições para grupos reduzidos de instrumentos, com comunicações muito
variáveis. Conforme o número de instrumentos, as peças chamam-se trios,
quartetos, quintetos, etc. A mais comum formação é o quarteto de cordas, com
dois violinos, uma viola e um violoncelo.
Ópera Þ Séria: drama musical em que os papéis são cantados
e não-falados. Desde o século XVII, o gênero evoluiu da forma primitiva
(números cantados interligados por recitativo), passando, no século XIX, a uma
estrutura livre de canto contínuo. Bufa: é a ópera de assunto cômico.
Difere da opereta de estilo francês na medida em que nesta as partes cantadas
são ligadas por diálogo falado.
Opus
Þ (do latim obra) Juntamente com
um número, significa ordem de publicação das obras de um compositor. Só no
século XIX seu uso se generalizou.
Oratório
Þ Obra dramática não encenada para
solistas, coro e orquestra, composta de árias, duetos, etc. Difere da cantata
por suas dimensões maiores e seu tema, geralmente religioso.
Prelúdio
Þ Composição orquestral mais
simples que a abertura, serve de introdução a uma ópera ou oratório. Peça instrumental
independente e de forma livre, para solista.
Rondó Þ Peça brilhante caracterizada pelo retorno de um
refrão.
Sinfonia
Þ Vasta composição para orquestra,
surgiu da evolução da sonata. Tradicionalmente composta de quatro movimentos
(tempos básicos: allegro, andante, minuetto – mais tarde scherzo – allegro). A
estrutura sinfônica evoluiu durante os séculos XIX e XX, apresentando maior ou
menor número de movimentos, ou ganhando a feição de poema sinfônico, ou de
oratório.
Sonata Þ Em princípio aplicado a qualquer obra instrumental,
este termo designa, a partir do século XVII, uma composição instrumental para
solista, ou para dois instrumentos, geralmente em três movimentos
contrastantes: allegro, adágio, presto.
Tocata Þ (do italiano toccare) Peça de estrutura livre e
caráter virtuosístico para instrumentos de teclado: piano, cravo ou órgão. No
século XVIII, era comum ser seguida de uma fuga.
Variações
Þ Composição de estrutura livre em
que um tema, após ter sido introduzido, é representado sob diversos aspectos.
No século XIX, serve para demonstração de virtuosismo.
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