Há quem afirme que o sujeito que está
para ir deste mundo, sente que vai desencarnar. Chegam até a dizer que algo -
lá dentro dele - prepara-o para o grande, mas não desejado momento. Isto é
lógico com aqueles que chegam lúcidos até o fim. Através dos tempos - contam -
gente célebre, ao aproximar-se o último suspiro, abriu a boca para dizer as
últimas palavras, que terminaram, elas também, ficando célebres.
Nero,
o imperador romano, pouco antes de suicidar-se, pronunciou estas palavras: "Que grande artista perde o mundo".
Richelieu,
cardeal e ministro de Luís XIII, um dos maiores estadistas da França, ao chegar
a hora da morte, ouve a pergunta do seu confessor: "Perdoa a seus
inimigos?" E responde altivo: "Só
tenho os do Estado ".
Oscar
Wilde, famoso escritor inglês, exclama: "Morro como vivi: acima de minhas posses".
Augusto
Comte, célebre matemático e filósofo francês, é bem vaidoso no seu último
instante: "Que perda irreparável”.
Elisabeth
da Inglaterra, apavorada: "Todo o meu
reino, Senhor, por mais um minuto!".
Frederico I, da Prússia: "Nu vim ao mundo e nu partirei. Não quero vestir o meu uniforme".
Frederico I, da Prússia: "Nu vim ao mundo e nu partirei. Não quero vestir o meu uniforme".
O nosso
bravo Duque de Caxias: "A morte é o
descanso do guerreiro".
Maria
Antonieta sobe ao patíbulo e, sem querer, pisa o pé do carrasco. Desculpa-se
com ar humilde: "Perdoe-me, senhor,
não o fiz de propósito".
Bailly,
literato, político e astrônomo francês, condenado à morte em l793, vai subindo
o cadafalso debaixo de uma fria e insistente chuva, quando um dos espectadores,
vendo-o tiritando, pergunta-lhe irônico: "Cidadão Bailly, estás tremendo?".
Este o olha com altivez e responde firme: "Sim,
mas de frio".
O
nosso Emílio de Menezes, percebendo que seus membros inferiores estão ficando
paralisados, exclama para os circunstantes: "Estou
morrendo à prestação".
E Olavo
Bilac: "Amanhece... deem-me café.
Quero escrever".
Quintino
Bocayuva, ao falecer em l9l2, o faz com graça: "Para esse frio não há cobertor".
O
político brasileiro Júlio de Castilhos responde a alguém que, estupidamente,
pergunta-lhe se tem medo de morrer: "Coragem
tenho eu, o que me falta é ar". E expira.
A
fabulosa Sarah Bernhardt foi bela até na morte: "Flor, quero muitas flores...".
Beethoven sente que lhe faltam as forças. Num último alento exclama: "É já tarde!".
Beethoven sente que lhe faltam as forças. Num último alento exclama: "É já tarde!".
O
poeta brasileiro Laurindo Rabelo, que ficou famoso com sua fabulosa capacidade
de improvisador, está indo. Ao seu lado, a esposa chora, inconsolável e procura
ler a oração dos agonizantes. Laurindo Rabelo volta-lhe os olhos, quase sem
brilho e fala com dificuldade: "É
bom que eu morra primeiro, para te
ensinar como se morre".
Voltaire:
"Em nome de Deus, deixem-me morrer
em paz".
Bocage: "Rasga meus versos. Crê na Eternidade”.
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