terça-feira, 15 de abril de 2014

Frases da hora da morte

          


Há quem afirme que o sujeito que está para ir deste mundo, sente que vai desencarnar. Chegam até a dizer que algo - lá dentro dele - prepara-o para o grande, mas não desejado momento. Isto é lógico com aqueles que chegam lúcidos até o fim. Através dos tempos - contam - gente célebre, ao aproximar-se o último suspiro, abriu a boca para dizer as últimas palavras, que terminaram, elas também, ficando célebres.


Nero, o imperador romano, pouco antes de suicidar-se, pronunciou estas palavras: "Que grande artista perde o mundo".

Richelieu, cardeal e ministro de Luís XIII, um dos maiores estadistas da França, ao chegar a hora da morte, ouve a pergunta do seu confessor: "Perdoa a seus inimigos?" E responde altivo: "Só tenho os do Estado ".

Oscar Wilde, famoso escritor inglês, exclama: "Morro como vivi: acima de minhas posses".

Augusto Comte, célebre matemático e filósofo francês, é bem vaidoso no seu último instante: "Que perda irreparável”.

Elisabeth da Inglaterra, apavorada: "Todo o meu reino, Senhor, por mais um minuto!".

Frederico I, da Prússia: "Nu vim ao mundo e nu partirei. Não quero vestir o meu uniforme".

O nosso bravo Duque de Caxias: "A morte é o descanso do guerreiro".

Maria Antonieta sobe ao patíbulo e, sem querer, pisa o pé do carrasco. Desculpa-se com ar humilde: "Perdoe-me, senhor, não o fiz de propósito".

Bailly, literato, político e astrônomo francês, condenado à morte em l793, vai subindo o cadafalso debaixo de uma fria e insistente chuva, quando um dos espectadores, vendo-o tiritando, pergunta-lhe irônico: "Cidadão Bailly, estás tremendo?". Este o olha com altivez e responde firme: "Sim, mas de frio".

O nosso Emílio de Menezes, percebendo que seus membros inferiores estão ficando paralisados, exclama para os circunstantes: "Estou morrendo à prestação".

E Olavo Bilac: "Amanhece... deem-me café. Quero escrever".

Quintino Bocayuva, ao falecer em l9l2, o faz com graça: "Para esse frio não há cobertor".

O político brasileiro Júlio de Castilhos responde a alguém que, estupidamente, pergunta-lhe se tem medo de morrer: "Coragem tenho eu, o que me falta é ar". E expira.

A fabulosa Sarah Bernhardt foi bela até na morte: "Flor, quero muitas flores...".

Beethoven sente que lhe faltam as forças. Num último alento exclama: "É já tarde!".

O poeta brasileiro Laurindo Rabelo, que ficou famoso com sua fabulosa capacidade de improvisador, está indo. Ao seu lado, a esposa chora, inconsolável e procura ler a oração dos agonizantes. Laurindo Rabelo volta-lhe os olhos, quase sem brilho e fala com dificuldade: bom que eu morra primeiro, para te ensinar como se morre".

Voltaire: "Em nome de Deus, deixem-me morrer em paz".

Bocage: "Rasga meus versos. Crê na Eternidade”.

Byron: "É chegada a hora de descansar. Faça-se a vontade de Deus, já que não é possível fazer-se a minha".

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