Þ O discurso do escritor Érico
Veríssimo em homenagem a Aparício Torelly, o Barão de Itararé,
começou assim:
- Meu caro Aporelly! Embora
doente, não poderia deixar de aqui comparecer para te trazer o meu abraço
carinhoso. Podes crer: deixei a cama para comparecer a esta magnífica reunião
de civismo e de homenagem à tua pessoa.
Aporelly tomou a palavra depois:
- Meu prezado amigo Érico.
Disseste que saíste da cama para comparecer a esta reunião. Pois eu farei
exatamente o contrário: sairei desta reunião e irei imediatamente para a cama.
Þ Gaúcho nascido na
Áustria, o escultor Xico Stockinger tem cinco pontes de safena:
- Sou uma Veneza.
Þ O humorista Max Nunes,
também médico, adorava receber chamado de urgência:
- Você fazendo socorro
encontra casos interessantes. Encontra o sujeito que tinha acabado de perder a
mulher e está desesperado: “Ah, quero morrer. Por que estou vivendo ainda?”
Então você pega dois comprimidos e diz: “O senhor, faz favor, tome isso.” E
ele: “Dois? Logo dois? Não vai me fazer mal?”
Þ Anatole France ouviu
o médico:
- O senhor está com
pneumonia. Mas não se preocupe. Eu estive muito pior e me salvei.
Anatole:
- Sim, mas o senhor tinha
outro médico!
Þ Diz que o desenhista
francês Forain conservou seu humor cruel até o fim. Sabendo que estava
morrendo, interrompeu o médico que não parava de elogiar seu bom aspecto:
- Compreendo perfeitamente,
doutor. Morro curado, não é?
Þ Antônio Maria
estava datilografando a sua crônica atrasadíssimo, quando uma pedinte apareceu:
- Moço, preciso de sua
ajuda. Sou da Campanha Contra o Câncer.
Maria, sem parar de escrever:
- Pois eu sou a favor.
Þ Darcy Ribeiro
perdeu um pulmão, de câncer, em 1974. Mas não perdeu o humor:
- Agora não corro o risco
de pegar pneumonia dupla.
Þ Um glaucoma deixou o
jornalista Barbosa Lima Sobrinho só com o olho esquerdo. Aos 96 anos (em
1993), ele confidenciou:
- Eu digo que é a minha
consagração como esquerdista.
Þ Depois da operação de
próstata, perguntaram a François Mitterrand se, por questões médicas,
não seria conveniente retirar-se da presidência da França.
- Não sei por quê. –
admirou-se. – Que eu saiba, não retiram nenhuma parte do meu cérebro.
Þ O compositor Arnold
Schoenberg, cardíaco e supersticioso, temia tudo que se relacionasse ao
número 13 e acreditava que morreria nesse dia. Em todo 13° dia
do mês, mal anoitecia, começava a olhar o relógio e só sossegava depois da
meia-noite.
Passando a zero hora do dia 13 de julho de
1951, Schoenberg foi se deitar. Sua mulher Gertrude foi, antes, pegar uma
bebida. Quando subiu ao quarto, seu marido estava morto. Olhou o relógio: ainda
não marcava meia-noite.
O relógio da cozinha estava adiantado.
Þ Advertência de Isaac
Asimov: “Sua liberdade de fumar termina onde começam meus pulmões.”
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