Os
campos verdes se alegram
Quando
veem o sol nascer;
Assim
se alegram os meus olhos
Quando
te chegam a ver.
La
detrás daquele cerro
Vem
vindo um bando de moças;
Com
licença das mais velhas
Abraçarei
as mais moças.
Coração
como este meu,
Tão
leal, não há nenhum;
Por
estes pagos afora
Dum
cento se tira um.
Eu,
quando inda pequeno,
Cantava
que retinia.
Eu
cantava em Dom Pedrito
E em Porto Alegre se
ouvia.
Senhor
dono da casa,
Eu
sou muito pedinchão;
Mande
me dar de beber,
Mas
que seja um chimarrão.
Fortes
braços farroupilhas
Nunca
saber fraquear;
Hão
de punir os tiranos.
Hão
de a pátria libertar.
Bento
Gonçalves da Silva
Da
liberdade é o guia,
E
herói porque detesta
A
infame tirania.
Rita
se chama Ritoca.
Sebastião
chama Tatão.
Cavalo
de andar é pingo.
Mate-amargo
é chimarrão.
No
bamburral da tristeza,
Passo
o dia a suspirar,
Da
querência tão distante,
Tudo
é noite sem luar.
Sou
filho do tigre mouro,
Neto
do tigre pintado,
Me
chamam de tira-cisma
De
muitos tenho tirado.
Quero-quero
vai voando
E
os esporões vai batendo;
Quero-quero
quando grita
Alguma
coisa está vendo.
És
branca como jasmim,
Colorada
como a rosa;
Por
teu amor eu daria
Uma
terneira barrosa!
Quando
pego no meu laço
Desde
a ilhapa até a presilha.
Retine
que nem um aço
Nas
guampas de uma novilha!
Garibaldi
ia passando,
No
Continente parou.
Sua
espada foi puxando
E
ao combate se atirou.
Dia
vinte de setembro,
Dia
grato e soberano,
Será
de eterna memória
A
todo republicano.
Do livro:
Cancioneiro Gaúcho
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