A velhice é como essas damas
indesejáveis e intrometidas que comparecem a todas as festas onde não foram
convidadas, mas que não aparecem, quando são esperadas.
É um erro pensar que a velhice
gosta da tranqüilidade. Ela não se agita nem se movimenta, não é porque lhe
falte vontade,mas porque as pernas não ajudam.
Assim, um jovem que resolva
levar uma vida metódica, deixando de ir ao futebol, evitando os bailes e as
noitadas alegres, conseguirá retardar, por certo, a visita da velhice.
Mas uma questão muito importante
se levanta nesta altura, exigindo uma resposta imediata: - Merecerá o
qualificativo de moço, um mancebo que não se diverte? Será realmente moço um
adolescente que leva a vida de velho?
E pagará a pena passar uma
existência inteira, dessa forma,para conseguir uma mocidade inexistente e
afastar uma velhice inevitável?
Tudo isto é desconcertante, mas
também profundamente verdadeiro... E não se pode fugir a esta conclusão:
O moço que quiser prolongar a
mocidade deve levar uma vida de ancião. E quando chegar a velhice então, ficará
revoltado consigo mesmo,por não ter aproveitado a mocidade, que não volta mais.
§ § §
Quem?
Quem
determinou ao sol e as estrelas o seu caminho?
Quem além de Ti faz a lua minguar e crescer?
Quem colocou a terra em seu lugar abaixo do céu nublado
de
modo que não caia?
Quem estabeleceu as águas e as plantas?
Quem domou os cavalos do vento e das chuvas?
Quem, oh Sábio, é o criador da Boa Mente?
Qual artífice fez a luz e a escuridão?
Qual artífice fez o sono e o despertar?
Quem fez a manhã, o meio-dia e noite,
para lembrar os homens sábios de sua tarefa?
É como Boa Mente que tu fundaste teu Domínio?
Quem criou a Devoção, consagrada com o Domínio?
Zoroastro ou
Zaratrusta
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