Olavo Bilac por Netto
Conta Mário de Lima Barbosa que,
sendo eleito presidente do Estado do Rio, o dr. Francisco Portela levou Olavo
Bilac como seu secretário. E certa vez o poeta escreveu um ofício em versos
nestes termos:
Niterói, dez de janeiro
Saúde e fraternidade.
Demita-se o tesoureiro
Por falta de assiduidade.
E lavre-se a Portaria,
O Decreto ou Alvará,
Que entregue a tesouraria
Ao Dr. Luiz Murat.
Outra vez
preparou também um despacho de poeta para um requerimento de Licença:
Se Dona Ana Maldonado
For uma bela mulher,
Tenha o dobro do ordenado
Na licença que requer.
Mas se for velha e metida,
Das que se chamam – Canhão,
Seja logo demitida,
Sem maior contemplação.
* * * * * * * *
Engana-se quem pensa que “aquela que
matou o guarda” foi a cachaça. Tratava-se de uma mulher que trabalhava para D.
João VI e se chamava Canjebrina que, como informam os dicionários, significa
pinga, cachaça. Ela teria matado um dos principais guardas da corte do rei. O
guarda era seu marido e estaria de caso com Dona Carlota Joaquina. Portanto,
teria sido a canjebrina que teria matado o guarda. Por ter uma marca com esse
nome, toda vez que pedia uma cachaça, pedia “aquela que matou guarda”.
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