quarta-feira, 7 de maio de 2014

Duas lendas chinesas



(Adaptação de uma lenda chinesa)


No reinado de Ts’u havia um jovem chamado Honesto. Se pai roubou uma ovelha e ele foi avisar o juiz, que mandou prender o culpado e resolveu puni-lo. O jovem Honesto pediu para arcar com a pena em lugar do pai. E, no momento em que o castigo ia ser aplicado, dirigiu-se ao oficial:

- Quando meu pai roubou a ovelha e eu dei parte, não agi com honestidade? Quando meu pai ia receber o castigo, não estaria eu, como filho, honrando meu pai? Se forem punidos igualmente o honesto e o filial, quem haverá de não ser punido em todo o reino?

Ao ouvir essas palavras, o juiz soltou rapaz. Quando Confúcio ouviu a história, disse:

- Estranho! Um rapaz sujar o nome do pai para criar uma reputação para a própria honestidade! Se isso fosse honestidade, seria melhor ser desonesto.

Suspeita Injusta

 (Adaptação de uma lenda chinesa)


Um certo homem perdeu um machado. Suspeitou imediatamente que o filho do vizinho o havia roubado. Assim que avistou o menino, teve a impressão de estar vendo um sujeito que acabara de roubar um machado; quando o ouviu falar, suas palavras soaram como as de alguém que acabara de roubar um machado. Todas a suas atitudes e gestos eram os de quem acabara de roubar um machado. Mais tarde, quando estava cavando uma vala, encontrou o machado perdido. No dia seguinte, ao tornar a ver o filho do vizinho, achou que suas atitudes e gestos não eram mais as de quem acabara de roubar um machado. O menino não mudou, quem mudou foi o homem! E a única razão para essa mudança morreu em sua suspeita.


  (“O Livro das Virtudes”- uma antologia de William J. Bennett)

Editora Nova Fronteira

Nenhum comentário:

Postar um comentário