Guimarães Rosa
(Do livro Grande Sertão - Veredas)
“O senhor... mire, veja: o mais
importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais,
ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam, verdade
maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra montão.”
“Deus nos dá pessoas e coisas,
para aprendermos a alegria... Depois, retoma coisas e pessoas para ver se já somos capazes da alegria sozinhos... Essa... a alegria que ele
quer.”
“Mas eu gostava dele, dia mais
dia, mais gostava. Digo o senhor: como um feitiço? Isso. Feito coisa-feita. Era
ele estar perto de mim, e nada me faltava. Era ele fechar a cara e estar
tristonho, e eu perdia meu sossego.”
“As coisas assim a gente não
perde nem abarca. Cabem é no brilho da noite. Aragem do sagrado. Absolutas
estrelas.”
“As coisas mudam no devagar
depressa dos tempos.”
“Quando nada acontece há um
grande milagre acontecendo que não estamos vendo.”
“O medo é a extrema ignorância em momento muito agudo.”
“Inútil fugir, inútil resistir, inútil tudo.”
“Não gosto desse passarinho. Não
gosto de violão. Não gosto de nada que põe saudades na gente.”
“O verdadeiro amor é um calafrio
doce, um susto sem perigos.”
“Representar é aprender a viver
além dos levianos sentimentos, na verdadeira dignidade.”
“É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais
amar, depois de ter amado.”
“Ser chefe - por fora um pouquinho amargo; mas, por dentro, é
risonhas flores.
“Um chefe carece de saber é aquilo que ele não pergunta..”
“Sertão é onde manda quem é
forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado!”
“A vida é ingrata no macio de si;
mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero.”
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