terça-feira, 6 de maio de 2014

Historias Equivocadas da Vida Real - 2


Þ Sérgio Porto conta numa crônica que saiu certa vez com o amigo Álvaro Moreyra procurando por Leônio Xanás, um nome inventado.
Na farmácia:
- Tem Leônio Xanás?
- Estamos em falta.
No elevador:
- Qual é andar do Dr. Leônio Xanás?
- Ele é médico de quê?
- Das vias urinárias.
- Então é no sexto andar.
Finalmente, no restaurante, o garçom aconselhou:
- O senhor vai me perdoar, doutor, mas eu não aconselho esse vinho não...


Þ Paula Nei, no restaurante, consultava o cardápio. Quando o garçom chegou, pediu:
- Traga-me uns erros de ortografia.
O garçom, intrigado:
- Não temos isso, freguês.
Paula Nei mostrou o cardápio:
- Como não têm, se a lista está cheia deles?


Þ Numa churrascaria em Porto Alegre, encontram-se Lupicínio Rodrigues e seus amigos Demóstenes Gonzáles, Johnson e Jamelão, que se apresentava na cidade. Aparece Marion, famosa proprietária de casas noturnas, bêbada. Senta no colo de Lupicínio e fica lá, contando histórias. Mais tarde se levanta, vai embora e Lupicínio mostra as pernas molhadas aos amigos:
- Olha o que a Marion me fez...
Demóstenes se admira:
- Rapaz! Por que tu não levantaste?
Johnson também fica indignado:
- Se fosse eu, tinha dado bronca!
E o Lupi, tranqüilo, no seu jeito mole e arrastado:- Mas tava tão quentinho...


Þ Conto compacto de Jorge Valdano:

Era assim o sonho do goleiro Juan Antonio Felpa: com o placar de 0 a 0, a um minuto do final da partida, havia um pênalti e ele pegava a bola no ar, caindo com ela abraçado, aplaudido pela torcida. Foi assim o sonho até o dia em que teve oportunidade de realizá-lo. Faltavam quatro minutos para o final do jogo e estava ainda 0 a 0 quando aconteceu o pênalti.
Não havia mais sol. Então Juan tirou o boné e o jogou para dentro do gol. O frescor na cabeça aumentou-lhe a fé. Quando o atacante chutou, Juan já voava em direção ao sonho, abraçando a bola, sentindo a maior alegria de sua vida. Nunca se soube por que ele fez o que fez, então. Juan levantou-se e, com a bola debaixo do braço, foi buscar o boné no fundo da rede. O árbitro hesitou antes de dar o gol.

Þ Tanto apostou e tanto perdeu, que o escritor americano Mark Twain aprendeu:
 - Outubro. Este é um dos meses especialmente perigosos para especular com ações. Os outros são julho, janeiro, setembro, abril, novembro, maio, março, junho, dezembro, agosto e fevereiro.


Þ O cronista Paulo Mendes Campos tentava explicar a um amigo estrangeiro o que era o “jeitinho” brasileiro. Propôs que entrassem nas Casas Olga, em frente, cujo balconista era conhecido seu. Inventou:
- O meu amigo aqui é russo, está com uma irmã na Rússia e precisa tirar ela de lá.
- Xi – exclamou o balconista. – É fogo, mas deixa comigo que e dou um jeito.
E foi telefonar.


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