terça-feira, 6 de maio de 2014

Histórias Equivocadas da Vida Real - 3


Þ O discurso do escritor Érico Veríssimo em homenagem a Aparício Torelly, o Barão de Itararé, começou assim:
- Meu caro Aporelly! Embora doente, não poderia deixar de aqui comparecer para te trazer o meu abraço carinhoso. Podes crer: deixei a cama para comparecer a esta magnífica reunião de civismo e de homenagem à tua pessoa.
Aporelly tomou a palavra depois:
- Meu prezado amigo Érico. Disseste que saíste da cama para comparecer a esta reunião. Pois eu farei exatamente o contrário: sairei desta reunião e irei imediatamente para a cama.


Þ Gaúcho nascido na Áustria, o escultor Xico Stockinger tem cinco pontes de safena:
- Sou uma Veneza.


Þ O humorista Max Nunes, também médico, adorava receber chamado de urgência:
- Você fazendo socorro encontra casos interessantes. Encontra o sujeito que tinha acabado de perder a mulher e está desesperado: “Ah, quero morrer. Por que estou vivendo ainda?” Então você pega dois comprimidos e diz: “O senhor, faz favor, tome isso.” E ele: “Dois? Logo dois? Não vai me fazer mal?”


Þ Anatole France ouviu o médico:
- O senhor está com pneumonia. Mas não se preocupe. Eu estive muito pior e me salvei.
Anatole:
- Sim, mas o senhor tinha outro médico!


Þ Diz que o desenhista francês Forain conservou seu humor cruel até o fim. Sabendo que estava morrendo, interrompeu o médico que não parava de elogiar seu bom aspecto:
- Compreendo perfeitamente, doutor. Morro curado, não é?


Þ Antônio Maria estava datilografando a sua crônica atrasadíssimo, quando uma pedinte apareceu:
- Moço, preciso de sua ajuda. Sou da Campanha Contra o Câncer.
Maria, sem parar de escrever:
- Pois eu sou a favor.

Þ Darcy Ribeiro perdeu um pulmão, de câncer, em 1974. Mas não perdeu o humor:
- Agora não corro o risco de pegar pneumonia dupla.


Þ Um glaucoma deixou o jornalista Barbosa Lima Sobrinho só com o olho esquerdo. Aos 96 anos (em 1993), ele confidenciou:
- Eu digo que é a minha consagração como esquerdista.


Þ Depois da operação de próstata, perguntaram a François Mitterrand se, por questões médicas, não seria conveniente retirar-se da presidência da França.
- Não sei por quê. – admirou-se. – Que eu saiba, não retiram nenhuma parte do meu cérebro.


Þ O compositor Arnold Schoenberg, cardíaco e supersticioso, temia tudo que se relacionasse ao número 13 e acreditava que morreria nesse dia. Em todo 13° dia do mês, mal anoitecia, começava a olhar o relógio e só sossegava depois da meia-noite.
Passando a zero hora do dia 13 de julho de 1951, Schoenberg foi se deitar. Sua mulher Gertrude foi, antes, pegar uma bebida. Quando subiu ao quarto, seu marido estava morto. Olhou o relógio: ainda não marcava meia-noite.
O relógio da cozinha estava adiantado.


Þ Advertência de Isaac Asimov: “Sua liberdade de fumar termina onde começam meus pulmões.”


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