quarta-feira, 7 de maio de 2014

O Discurso de Gettysburg





Quando Abraham Lincoln subiu ao palanque no dia 19 de novembro de 1863 para inaugurar Cemitério Nacional dos soldados em Gettysburg, na Pensilvânia, onde quatro meses antes milhares de soldados do Norte e do Sul haviam tombado, pretendia dizer ao país que se fosse mantida a disposição de lutar, a União triunfaria. Em dois minutos, conseguiu dizer isso e muito mais.


“Há oitenta e sete anos, nossos pais deram origem neste continente a uma nova nação, concebida na liberdade e comprometida com a proposição de que todos os homens são criados em igualdade.

Estamos agora envolvidos numa grande guerra civil, testando se esta nação, ou qualquer outra assim concebida e comprometida, pode durar muito tempo. Estamos reunidos num grande campo de batalha desta guerra. Viemos aqui dedicar parte deste campo como última morada para aqueles que deram suas vidas para que esta nação continue vivendo. O que estamos fazendo é absolutamente cabível e apropriado.

Porém, num sentido mais amplo, não podemos dedicar, não podemos consagrar, não podemos santificar este solo. Os corajosos homens, vivos ou mortos, que aqui lutaram o consagraram muito acima de nossa capacidade de acrescentar ou detrair. Pouca importância tem o que dizemos agora, e as palavras logo desaparecerão, mas o mundo jamais esquecerá o que eles fizeram aqui. Cabe a nós, os vivos, dedicarmo-nos aqui ao trabalho incompleto que eles, os que aqui lutaram, adiantaram de maneira tão nobre. Cabe a nós estarmos aqui, sim, dedicados à grande tarefa ainda por concluir – que cresça em nós, a partir destes mortos honrados, a devoção à causa pela qual se entregaram no mais elevado grau de sublimação; que tomemos providências dignas para que sua morte não tenha sido em vão; que esta nação, sob o domínio de Deus, experimente um renascimento de liberdade; e que o governo do povo, pelo povo e para o povo não desapareça da face da terra.”



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