terça-feira, 10 de junho de 2014

Diálogos de famosos

     

O escritor Gilberto Freire, quando foi publicada a edição francesa de seu livro “Casa Grande e Senzala”, enviou-a ao presidente Getúlio Vargas com a seguinte dedicatória:
A Getúlio Vargas, não o estadista, mas o outro igualmente admirável”.
O presidente, em resposta, telegrafou ao escritor nos seguintes termos:
A Gilberto Freire, não o político, mas o outro, igualmente admirável”.


Tendo sido convidado para um almoço em são Francisco, o General Marck Clark, herói americano da 2ª Guerra Mundial, deu entrada no salão no momento exato em que seu livro “Calculed Risk” (Risco calculado) era colocado num lugar de honra, sobre o aparador, pelo anfitrião.
Ao notar que o homenzinho enrubescendo, procurava balbuciar uma explicação qualquer, Marck Clark sorriu:
- Não fique encabulado, meu caro. Ontem, ao entrar no escritório de um amigo, ainda tive tempo de surpreender o meu retrato autografado a balançar na parede, tal a pressa com ele o recolocara ali, ao ser avisado da minha chegada...


Jânio Quadros tinha o hábito de convidar amigos e jornalistas para conversar em sua casa, antes de voltar à política em 1985, quando seria eleito prefeito de São Paulo. Os encontros eram sempre regados a muita bebida e, às vezes, a conversa girava em torno de preferências etílicas. Em uma delas, sobre cachaça, Jânio se lembrou quer tinha guardada uma verdadeira preciosidade. Levantou-se e foi buscar a bendita. Enquanto procurava – e não encontrava – ex-presidente praguejava sem parar. Após alguns minutos, finalmente, achou-a, mas lamentou: “Roubar não a roubaram. Fizeram pior: beberam-na”.


O escritor americano H.L. Mencken descobriu uma fórmula sumamente conveniente para responder a todas as cartas de polêmica. É uma resposta final, cortês, com a vantagem de poder ser aplicada a qualquer missiva sem que a mesma seja lida sequer. Declara simplesmente: “Prezado senhor (ou Prezada senhora): é possível que tenha razão.”


Durante sua campanha política quando se candidatava a governador de Nova Jersey, em 1940, Charles Edison, filho do grande inventor, apresentou-se da seguinte maneira: “Todos associarão meu nome ao de meu pai, mas não desejo que ninguém julgue que estou explorando o nome de Tomas Alva Edison. Prefiro, antes, que me considerem simplesmente como o resultado de uma das primeiras experiências de meu pai”...


Conta-se que general Patton recebeu do Comando Supremo uma mensagem, pedindo-lhe que fosse menos brincalhão em seus relatórios, uma vez que eles se tornariam documentos históricos, e ao mesmo tempo dando-lhe instruções para que flanqueasse a cidade de Trier, pois seriam necessárias quatro divisões para capturá-la. Mas quando a mensagem chegou, Trier já havia caído, e Patton respondeu: “Capturei Trier com duas divisões. Querem que eu devolva aos alemães?”


Descartes estava a comer, regaladamente, em certo restaurante, quando um fidalgo francês, que não se fartava de o olhar, o interpelou da seguinte maneira:
- Então os filósofos também gastam dinheiro em acepipes?
Sorrindo, Descartes respondeu:
- Julga o senhor que a natureza só produz coisas boas para os ignorantes?


- É tão estranho o Congresso americano, observou Boris Marshalov, ator e teatrólogo russo, após uma visita à galeria dos espectadores no Senado de Washington. - Um homem se levanta para falar e não diz nada. Ninguém escuta... e depois todos discordam!


O Marechal Montgomery, herói inglês da Segunda Guerra Mundial, não fumava, não bebia, não praguejava, nem comia carne. Quando convidou o general alemão von Thoma, seu prisioneiro, para jantar, os membros da Câmara dos Comuns protestaram ante o Primeiro Ministro. Churchill encolheu os ombros, dizendo: “Pobre von Thoma! Eu também já jantei com o Montgomery!”


O doutor Trevor Weston, pesquisador britânico, acredita que as pessoas cujos nomes começam com as letras X e Z tendem a sofrer de “neurose alfabética” em conseqüência de serem as últimas da fila. “Que ideia ridícula!”, contesta o Dr. Albert Aaron.


O falecido humorista Sérgio Porto contava a seguinte história a respeito do homem que queria sentir-se totalmente realizado e que, para isso, deveria ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. “Ele tinha um filho; um dia, plantou uma árvore. O filho subiu na árvore, caiu e morreu. Não lhe restava outra alternativa: escreveu um livro sobre o ocorrido.”


Quando lhe perguntaram o que era melhor para um homem: casar ou permanecer solteiro: Sócrates respondeu:
- Seja qual for a decisão, ele irá arrepender-se.


Após a morte de Jane Seymour, Henrique VIII teve alguma dificuldade em arranjar outra mulher. A sua primeira proposta foi à viúva do Duque de Milão. Mas ela respondeu:
- Infelizmente, tenho apenas uma cabeça; se tivesse duas, uma delas estaria ao vosso dispor.


Quando Rafael estava absorvido pintando os seus afrescos, foi visitado por dois cardeais, que começaram a criticar o seu trabalho e a apontar defeitos, sem entenderem.
- O apóstolo Paulo está com o rosto vermelho demais – disse um deles.
- É porque ficou ruborizado quando viu em que mãos a Igreja tinha caído – replicou o artista, irritado.


Uma ocasião, Webster escreveu uma carta a pedido de um criado que era analfabeto. Antes de terminar, perguntou a ele:
- Quer que eu acrescente mais alguma coisa?
O criado respondeu:
- Bem, peça desculpas pelos erros.


Pedewreski explicou certa vez que precisa tocar todos os dias durante várias horas:
- Se não treinar um dia – afirmou -, noto a falta; se não treinar dois dias, notam os críticos; se não treinar três dias, nota o público.


 O escritor Ernest Hemingway conta que uma vez em Washington enviou 20 postais a 20 grandes negociantes da capital dos Estados Unidos, com o seguinte aviso:
 - A polícia já sabe de tudo Fuja!
No dia seguinte deu conta de que os 20 cavalheiros tinham abandonado a cidade.


Quando Henry Ford comemorou as bodas de prata de seu casamento, perguntaram-lhe qual era a sua fórmula para uma vida feliz de casado. Ele respondeu que era a mesma que fizera sucesso com seus carros: manter o mesmo modelo.


Denise Fraga, atriz comediante da TV Globo, conta uma história interessante. Certo dia, ela encontrou na secretária eletrônica uma mensagem da mãe: “Filha, sua avó não está passando nada bem. Ela está na capela 3 do cemitério São João Batista”.



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