domingo, 22 de junho de 2014

Poema para os amigos


Jorge Luiz Borges*


Não posso dar-te soluções
Para todos os problemas da vida,
Nem tenho resposta
Para as tuas dúvidas ou temores,
Mas posso ouvir-te
E compartilhar contigo.

Não posso mudar
O teu passado nem o teu futuro,
Mas quando necessitares de mim
Estarei junto a ti.

Não posso evitar que tropeces,
Somente posso oferecer-te a minha mão
Para que te sustentes e não caias.

As tuas alegrias,
Os teus triunfos e os teus êxitos
Não são os meus,
Mas os desfruto, sinceramente,
Quando te vejo feliz.

Não julgo as decisões
Que tomas na vida,
Limito-me a apoiar-te,
A estimular-te
E a ajudar-te sem que me peças.

Não posso traçar-te limites,
Dentro dos quais deves atuar,
Mas, sim, oferecer-te o espaço
Necessário para cresceres.

Não posso evitar o teu sofrimento
Quando alguma mágoa
Te parte o coração,
Mas posso chorar contigo
E recolher os pedaços
Para armá-los novamente.

Não posso decidir quem foste
Nem quem deverás ser,
Somente posso amar-te como és
E ser teu amigo.

Todos os dias,
Penso nos meus amigos e amigas,
Não estás acima,
Nem abaixo, nem no meio.
Não encabeças,
Nem concluís a lista.
Não és o número um
Nem o número final.

E tão pouco tenho
A pretensão de ser
O primeiro,
O segundo,
Ou o terceiro
Da tua lista.
Basta que me queiras como amigo
Dormir feliz,
Emanar vibrações de amor,
Saber que estamos aqui de passagem,
Melhorar as relações,
Aproveitar as oportunidades,
Escutar o coração.
Acreditar na vida...
Obrigado por seres meu amigo

*Pelo estilo do escritor argentino Jorge Luiz Borges, não podemos afirmar, com certeza, que este poema seja realmente dele.


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