segunda-feira, 30 de junho de 2014

Proclamação da República Rio-Grandense



Tela de Antônio Parreiras

Na manhã de 11 de setembro de 1836, nos campos dos Menezes, à margem esquerda do rio Jaguarão, o comandante Netto aparece a galope, posta-se ao centro da tropa, ergue a espada e anuncia a proclamação da República:

“Camaradas! Nós, que compomos a Primeira Brigada do Exército Liberal, devemos ser os primeiros a proclamar, como proclamamos, a independência desta província, a qual fica desligada das demais do Império e forma um estado livre e independente, com o título de República Rio-Grandense, e cujo manifesto às nações civilizadas se fará oportunamente. Camaradas! Gritemos pela primeira vez: Viva a República Rio-Grandense! Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!”


Antônio de Sousa Netto (Rio Grande, 25 de maio de 1803 - Corrientes, 2 de Julho de 1866) foi um político e militar gaúcho, um dos mais importantes nomes do Rio Grande do Sul. É reconhecido por seu árduo trabalho na Revolução Farroupilha, que durou quase dez anos (de 1835 a 1845), como o segundo maior líder revolucionário.

Souza Netto, que se iniciara na vida pública como tropeiro, depois de ter pequena fortuna, entregou-se inteiramente aos ideais políticos consagrados na República Rio-Grandense. Depois, reiniciando e reconstituindo sua fortuna, residindo e com propriedade enorme fora da Pátria, nada mais precisava fazer, e tanto assim que, apesar de pequenas perseguições a agregados seus, fora sempre respeitado e temido no Uruguai, abalou-se, a bem da justiça, de sua estância e novamente, de armas em punho, defendeu os direitos do Brasil, primeiro, contra Rosas, depois contra Aguirre e, finalmente, contra Solano López, do Paraguai.

E aí faleceu, vitimado em combate, no imortal combate de Tuiuti, onde outro gaúcho de fibra, Osório, brilhou mostrando ao mundo o valor, a inteireza e a nobreza do povo sul-rio-grandense.



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