Tela de Antônio
Parreiras
Na manhã de 11 de setembro de 1836,
nos campos dos Menezes, à margem esquerda do rio Jaguarão, o comandante Netto
aparece a galope, posta-se ao centro da tropa, ergue a espada e anuncia a
proclamação da República:
“Camaradas! Nós, que compomos a
Primeira Brigada do Exército Liberal, devemos ser os primeiros a proclamar,
como proclamamos, a independência desta província, a qual fica desligada das
demais do Império e forma um estado livre e independente, com o título de
República Rio-Grandense, e cujo manifesto às nações civilizadas se fará
oportunamente. Camaradas! Gritemos pela primeira vez: Viva a República
Rio-Grandense! Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!”
Antônio de Sousa Netto (Rio
Grande, 25 de maio de 1803 - Corrientes, 2 de Julho de 1866) foi um político e militar
gaúcho, um dos mais importantes nomes do Rio Grande do Sul. É reconhecido por
seu árduo trabalho na Revolução Farroupilha, que durou quase dez anos (de 1835 a 1845), como o segundo
maior líder revolucionário.
Souza Netto, que se iniciara na
vida pública como tropeiro, depois de ter pequena fortuna, entregou-se
inteiramente aos ideais políticos consagrados na República Rio-Grandense.
Depois, reiniciando e reconstituindo sua fortuna, residindo e com propriedade
enorme fora da Pátria, nada mais precisava fazer, e tanto assim que, apesar de
pequenas perseguições a agregados seus, fora sempre respeitado e temido no
Uruguai, abalou-se, a bem da justiça, de sua estância e novamente, de armas em
punho, defendeu os direitos do Brasil, primeiro, contra Rosas, depois contra
Aguirre e, finalmente, contra Solano López, do Paraguai.
E aí faleceu, vitimado em
combate, no imortal combate de Tuiuti, onde outro gaúcho de fibra, Osório,
brilhou mostrando ao mundo o valor, a inteireza e a nobreza do povo
sul-rio-grandense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário