A professora Vera achou que os alunos
já estavam bem grandinhos e os mandou fazer uma redação sobre o tema: Sexo ou assunto relacionado.
No dia seguinte, cada aluno leu a sua
redação: A da Mariazinha era sobre métodos contraceptivos. A do Gerson falava
da masturbação. A Analúcia escreveu sobre rituais sexuais antigos etc... (blá,
blá...).
E chegou a
vez do Joãozinho:
- Então, Joãozinho, você fez a redação que eu pedi?
- Fiz
sim, professora!
- Então, leia sua redação!
E o
Joãozinho começou a ler tom bem alto:
- Era uma vez, no Alegrete,
há muitos e muitos anos. No relógio da igreja batiam 18 horas. Nuvens de poeira
arrastavam-se pela cidade semideserta. O Sol já ofuscava o horizonte e tingia
as nuvens de tons avermelhados. De súbito, recortou-se a silhueta de um
cavaleiro. Lentamente, este se foi aproximando da cidade e, ao chegar à
entrada, desmontou do seu cavalo. O silêncio pesado foi perturbado pelo tilintar
das esporas.O cavaleiro chamava-se: Guaraniaçu Boy. Vestia-se todo de preto, à
exceção do lenço vermelho que trazia ao pescoço e da fivela de prata que
segurava os dois revólveres na cintura. O cavalo, companheiro de muitas
andanças, dirigiu-se hesitante para uma poça d’água... Pum! O velho cavalo caiu
morto com um buraco na testa. O cheiro da pólvora vinha do revólver que já
tinha voltado para o coldre de Guaraniaçu Boy, que não gostava de cavalos
desobedientes! Guaraniaçu Boy dirigiu-se, então, para o bolicho (bar). Quando
estava subindo os três degraus, um mendigo, que ali estava, tocou na perna de
Guaraniaçu Boy e pediu uma esmola... Pum! Pum! O esmoleiro esvaiu-se em sangue:
Guaraniaçu Boy não gostava que lhe tocassem! Entrou no bolicho, foi até o
balcão e pediu uma cerveja. O homem do bolicho serviu-lhe a cerveja. Guaraniaçu
Boy provou e fez uma careta. Pum! Pum! Pum! Guaraniaçu Boy não gostava de
cervejas mornas e detestava homens de bolicho relapsos. Os outros cavaleiros,
que ali estavam, olharam surpresos para Malaquias. Pum! Pum! Pum! Pum!...
Ninguém conseguiu reagir Guaraniaçu Boy era rápido no gatilho: não gostava de
ser o centro das atenções! Saiu do bolicho... Deslocou-se até o outro lado da
cidade para comprar um cavalo. Comprou o cavalo e, quando pagou, o vendedor
enganou-se no troco. Pum! Pum! Pum!... Guaraniaçu Boy não gostava que o
enganassem no troco! Montou no novo cavalo e saiu da cidade. Mais uma vez a sua
silhueta recortou-se no horizonte, desta vez com o sol já quase recolhido. Todos
aqueles mortos no chão. Até o silêncio era pesado. Fim...
Joãozinho
sentou-se. A turma estava petrificada! A professora, chocada pergunta:
- Mas... Mas... Joãozinho... O que esta composição tem a ver com sexo?
Joãozinho, com
as mãos nos bolsos, responde:
- O Guaraniaçu
Boy era foda!!!
(Autor desconhecido)
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