quinta-feira, 24 de julho de 2014

A redação gaudéria

A professora Vera achou que os alunos já estavam bem grandinhos e os mandou fazer uma redação sobre o tema: Sexo ou assunto relacionado.

No dia seguinte, cada aluno leu a sua redação: A da Mariazinha era sobre métodos contraceptivos. A do Gerson falava da masturbação. A Analúcia escreveu sobre rituais sexuais antigos etc... (blá, blá...).

E chegou a vez do Joãozinho:

- Então, Joãozinho, você fez a redação que eu pedi?

- Fiz sim, professora!

- Então, leia sua redação!

E o Joãozinho começou a ler tom bem alto:

- Era uma vez, no Alegrete, há muitos e muitos anos. No relógio da igreja batiam 18 horas. Nuvens de poeira arrastavam-se pela cidade semideserta. O Sol já ofuscava o horizonte e tingia as nuvens de tons avermelhados. De súbito, recortou-se a silhueta de um cavaleiro. Lentamente, este se foi aproximando da cidade e, ao chegar à entrada, desmontou do seu cavalo. O silêncio pesado foi perturbado pelo tilintar das esporas.O cavaleiro chamava-se: Guaraniaçu Boy. Vestia-se todo de preto, à exceção do lenço vermelho que trazia ao pescoço e da fivela de prata que segurava os dois revólveres na cintura. O cavalo, companheiro de muitas andanças, dirigiu-se hesitante para uma poça d’água... Pum! O velho cavalo caiu morto com um buraco na testa. O cheiro da pólvora vinha do revólver que já tinha voltado para o coldre de Guaraniaçu Boy, que não gostava de cavalos desobedientes! Guaraniaçu Boy dirigiu-se, então, para o bolicho (bar). Quando estava subindo os três degraus, um mendigo, que ali estava, tocou na perna de Guaraniaçu Boy e pediu uma esmola... Pum! Pum! O esmoleiro esvaiu-se em sangue: Guaraniaçu Boy não gostava que lhe tocassem! Entrou no bolicho, foi até o balcão e pediu uma cerveja. O homem do bolicho serviu-lhe a cerveja. Guaraniaçu Boy provou e fez uma careta. Pum! Pum! Pum! Guaraniaçu Boy não gostava de cervejas mornas e detestava homens de bolicho relapsos. Os outros cavaleiros, que ali estavam, olharam surpresos para Malaquias. Pum! Pum! Pum! Pum!... Ninguém conseguiu reagir Guaraniaçu Boy era rápido no gatilho: não gostava de ser o centro das atenções! Saiu do bolicho... Deslocou-se até o outro lado da cidade para comprar um cavalo. Comprou o cavalo e, quando pagou, o vendedor enganou-se no troco. Pum! Pum! Pum!... Guaraniaçu Boy não gostava que o enganassem no troco! Montou no novo cavalo e saiu da cidade. Mais uma vez a sua silhueta recortou-se no horizonte, desta vez com o sol já quase recolhido. Todos aqueles mortos no chão. Até o silêncio era pesado. Fim...

Joãozinho sentou-se. A turma estava petrificada! A professora, chocada pergunta:

- Mas... Mas... Joãozinho... O que esta composição tem a ver com sexo?

Joãozinho, com as mãos nos bolsos, responde:

- O Guaraniaçu Boy era foda!!!


(Autor desconhecido)

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