sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Mais humor de Millôr Fernandes

Enfim! Enfim!

Enfim esta seção responde a algumas das terríveis perguntas que vêm sendo feitas a milhares de anos sem que ninguém jamais se atrevesse a respondê-las!

P - Você sabe com quem está falando?
R - Com um imbecil que tem mania de ser importante.

P - Onde é que você arranjou essa ideia?
R - Lendo o Pif-Paf. É infernal!

P - Você pensa que eu sou um desses idiotas que andam por aí?
R - Não. Eu penso que você é a criatura mais idiota que eu já vi na minha vida.

P - Quantas vezes eu já lhe disse que não quero você no meio dessa molecagem?
R - Se não me falha a memória, 12 337.

P - Mas, que diabo, o barulho dessa construção não vai para nunca mais?
R - Vai sim. Vai parar às quatro horas, como, aliás, todos os dias, quando os operários forem embora. E vai parar daqui a um ano ou dois, quando o edifício estiver construído.

P - Você está querendo levar uma boa surra quando seu pai chegar?
R - Não senhora. Estou tentando apenas fazer as coisas que me dão prazer, mas que naturalmente entram em conflito com os interesses da senhora.

P - Desde quando mulher manda nesta casa?
R - Embora você só o perceba agora, desde que nos casamos.

P - Quem foi que lhe ensinou essa palavra?
R - O senhor mesmo, no domingo, quando bateu com o martelo no dedo.

P - Quando é que você viu um menino de sua idade tratar assim as pessoas mais velhas?
R - Sempre.

P - Onde é que você andou até agora?
R - Eu não andei. Estava sentado no bar, enchendo a cara.

P - Mas, por que essas coisas só acontece comigo?
R - Porque você é muito mais estúpido do que o resto da humanidade. Ou tem mais azar.

P - Você acha mesmo isso ou está dizendo só pra me agradar?
R - Estou dizendo só pra lhe agradar.

P - Você alguma vez já me viu ficar irritado assim?
R - Este ano só 240 vezes. Mas é que estamos em agosto.

P - Que idade você me dá?
R - Pela aparência, 250. Mentalmente, 8.

P - Quem é que você pensa que é: o Juscelino?
R - Também, que diabo, eu não almejo tanto! Sou o imperador da China e isso me basta.

(Do Pif-Paf, de Millôr Fernandes)




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