De acordo com historiadores, a
famosa pintura “O Grito do Ipiranga”, de Pedro Américo, pintura acima, retrata
a Independência do Brasil de um jeito muito mais bonito do que foi na
realidade. Conforme eles, existem evidências de que o quadro concluído em 1888
(66 anos depois da Independência ser proclamada), em Florença, na Itália, não
teria retratado o que realmente aconteceu. E os erros seriam os seguintes:
Cavalos:
Dom Pedro I não estava utilizando
cavalos. Na época, em viagens longas, se utilizavam jumentos e mulas.
Comitiva numerosa:
No máximo 14
soldados acompanhavam Dom Pedro I na viagem de São Paulo para o Rio.
Roupas:
Nem Dom
Pedro I nem ninguém que o acompanhava estariam vestindo uniformes de gala.
Casa do grito:
O primeiro registro da casa que
aparecia no fundo da pintura é de 1884, (exatos 62 após o grito da
Independência).
Geografia:
O riacho do
Ipiranga foi pintado por Américo no lugar errado.
Intruso:
O pintor da tela se autorretratou na
obra, apesar de ter nascido muitos anos após a proclamação da Independência do
Brasil.
Incidente de percurso:
O príncipe regente foi retratado com
semblante de vitória, mas na verdade, estava sentindo fortes dores. Ele estaria
com uma diarreia, o que, para muitos historiadores, foi causada pelo cansaço da
longa viagem.
O quadro
“Independência ou Morte”. Óleo
sobre tela, 1888. 7,60 x 4,15 m. Acervo do Museu Paulista/USP.
Segundo Manuel Xavier de Vasconcellos
Pedrosa, na composição da cena central da tela, Pedro Américo retratou os
membros da comitiva que teriam testemunhado o episódio de 7 de setembro de 1822
às margens do Ipiranga. Seriam eles, da esquerda para a direita: Luis de
Saldanha da Gama, secretário do príncipe; Manuel Rodrigues Jordão, político
paulista; Antonio Leite Pereira da Gama Lobo, negociante de São Paulo e oficial
de milícia; José Maria da Gama Freitas Berquó e Francisco Gomes da Silva,
servidores do Paço; Paulo Bregaro, o emissário vindo do Rio de Janeiro; Antonio
Ramos Cordeiro, oficial de milícia; Padre Belchior Pinheiro Ferreira que, 1826,
escreveu o primeiro relato circunstanciado do evento; João Carvalho e João
Carlota, criados do Paço.
Erros do quadro(?):
1. Embora no quadro Independência
ou morte, de Pedro Américo, apareça Dom Pedro com uma comitiva, montado num
cavalo, com aqueles trajes, o quadro tem uns exageros. Dom Pedro tinha acabado
de se encontrar com sua amante Domitila de Castro. Ele viajava secretamente,
por isso não poderia estar com uma grande comitiva e nem usando traje oficial.
2. D. Pedro não estava viajando a cavalo. Para viagens
longas só era usado o burro.
P.S.
Vi o quadro original no Museu Paulista/USP, numerados aparecem quase 15
personagens, até o autorretrato do próprio pintor, ao fundo, à direita.
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