Pagando
pelo ar
No
dia do pagamento um soldado reclamou com o Furriel (espécie de agente
financeiro), o então Sargento Ferraz, que lhe fora cobrado pelo consumo do ar.
Nas
sessões de Educação Física, após a atividade, durante a caminhada de “volta à
calma”, os instrutores sempre alertam em voz alta:
−
Não conversa, cessa o papo! Balancem os braços! Respira que o ar é de graça.
Não conversa. Não atrasa. Respira!
Ao
receber o envelope com o primeiro pagamento, dentre os itens descontados, notou
um deles intitulado AR do Núcleo.
Não
se contendo, aguardou sua vez e solicitou esclarecimentos sobre tal item,
alegando não estar de acordo com a cobrança do ar que se respira, haja vista
que o instrutor, ao dar tal ordem, em altos brados, foi muito claro ao
mencionar que o ar era de graça. O Sargento Ferraz, diante de seus
auxiliares: Cabo Ivanildo e Cabo Besler, cobrou uma “completa” de tributos
físicos ao “gastador”, pois aquele item (AR) se referia
a Armazém Reembolsável, que existiu, na época, no QG do Núcleo.
Assim, diante da reclamação devidamente esclarecida, ciente que realmente havia
contraído despesa naquele setor reembolsável, se foi.
Do livro:
“Ninho
das Águias – Histórias que a História não conta... só nós paraquedistas”, de
Jorge Barcellos Pereira – Pqdt 12.972 do 1965/4 MS 1556 – Dompsa 176 – SL 281 −
MSSL 118
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