E
viva o Zé Pereira!
Pois
que a ninguém faz mal
E
viva a bebedeira
Nos
dias de carnaval!
Zim,
balala! Zim, balala!
E
viva o carnaval!
Quem não conhece esse bordão
carnavalesco? Pois ele foi a senha para o nascimento do Carnaval de rua no
Brasil, há quase 150 anos! Inspirado em uma canção francesa (Les Pompiers de
Nanterre), o refrão do Zé Pereira fez história.
“Zé Pereira” era o sapateiro
português José Nogueira de Azevedo Paredes, que em um Carnaval , por volta
de 1850, reuniu amigos e agitou as ruas do Rio de Janeiro ao som de bumbos,
zabumbas e tambores. Era o que faltava para a popularização definitiva dos
festejos na cidade, e o início de uma metamorfose que transformaria não apenas
o carnaval, mas toda a música brasileira.
No ano seguinte já havia vários
imitadores do Zé Pereira. As primeiras sociedades carnavalescas também abriram
as portas para o novo costume. O Zé Pereira viraria até espetáculo teatral (“Zé
Pereira Carnavalesco”), encenado em 1869 pelo ator cômico Francisco Correia
Vasques (1839-1892).
Eis o trecho do livro As Escolas de
Samba do Rio de Janeiro (Segunda Edição - Lumiar - 1996) do jornalista e
pesquisador Sérgio Cabral em que ele fala dos zé-pereira:
“Brincava-se o carnaval, no século
XIX, também como zé-pereira, o nome adotado para os foliões que percorriam as
ruas da cidade dando pancadas em enormes tambores e produzindo decibéis em
níveis extremamente elevados para os padrões da época. O zé-pereira poderia ser
representado por um folião solitário e também por grupos de carnavalescos,
todos com os seus tambores, desfilando pelas ruas e visitando as redações dos
jornais, como era o hábito dos foliões que se julgavam merecedores de aparecer
na imprensa. O historiador Vieira da Fazenda, autor de Antiqualhas e memórias
do Rio de Janeiro, foi o único a mencionar as origens do zé-pereira. Para ele,
o primeiro deles foi um cidadão português chamado José Nogueira de Azevedo
Paredes, sobre o qual traça um perfil minucioso. Só não informou a razão pela
qual a folia criada por ele ganhou o nome de zé-pereira e não de zé-nogueira.”
Parabéns atodos que levam essa cultura pelo brasil a fora a nossa cidade de lajes rn estamos comemorando neste carnaval 86 anos de uma história quê se deu em 1933 pelo carnavalesco severino p da costa popularmente conhecido por seu pilao
ResponderExcluirEm todo município brasileiro há sempre um cidadão anônimo que agita, no Carnaval, uma cidade fazendo história e o povo feliz.
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