sábado, 3 de outubro de 2015

Deusas gregas

Dentro de você moram Deusas, que inspiram sua casa.


Apesar de viverem no Olimpo, as sete grandes deusas gregas podem estar mais próximas de nós do que se imagina. Para os terapeutas seguidores do psicólogo suíço Carl Gustav Jung, elas simbolizam temas essenciais da alma feminina. Esposa exemplar, Hera se orgulha da casa. Ártemis preside a natureza e, no amor ao jardim, expande sua liberdade. Afrodite aperfeiçoa junto ao espelho o seu dom de encantar. Amantes de livros, Atena personifica o intelecto. Deméter assume o instinto maternal, consagrado ao redor do fogão. Perséfone, rainha dos mundos invisíveis, tece no quarto seus devaneios. Héstia protege a chama do lar e cultiva na lareira o coração de sua morada. Descubra a seguir com quais deusas você e a sua casa mais se identificam.

Hera se realiza no esplendor de sua casa



Conhecida pelos romanos como Juno, Hera é a filha mais velha de Crono e Reia, irmã de Zeus, Deméter e Héstia. Era representada com um cetro ornamentado por um cuco porque, como diz a lenda, Zeus, rei dos homens e dos deuses, transformou-se em um cuco para conquistar a irmã. E deu certo: Hera aconchegou o pássaro entres os seios. Então, Zeus recobrou a forma original e a pediu em casamento. Essa primeira dama ancestral participou de todas as honras do monarca supremo. Além do casamento, a deusa cuida da riqueza e do poder. Em toda esposa dedicada vive uma Hera.

Ártemis aprecia a liberdade e a natureza


Irmã gêmea de Apolo, Ártemis é chamada pelos romanos de Diana, a caçadora, a deusa lunar. Ajudou a própria mãe, Latona, no parto do irmão. O ato simboliza uma solidariedade presente nas feministas contemporâneas. Ártemis pediu ao pai, o todo-poderoso Zeus, que lhe desse um arco, flechas e uma túnica curta para caçar as feras. Atendida, passou a reinar sobre os bosques, acompanhada de um cão e muitas ninfas. Viver ao ar livre é a grande satisfação de Ártemis.

Deméter cuida dos outros e alimenta


A Ceres dos romanos é a deusa do cereal, que ensinou os homens a cultivar o trigo e a fazer o pão. Desesperou-se com rapto da filha, Perséfone, e se queixou a Zeus, pai da jovem. Não obteve resposta e vagou por nove dias e nove noites. Enquanto sofria a ausência da filha, a terra ficou estéril. Então, Zeus mandou Hermes, o deus mensageiro, resgatar Perséfone. Com o reencontro da mãe e filha, a terra cobre-se de flores: eis o mito da primavera.

Perséfone é introspectiva e sensível


Perséfone (ou Prosérpina) era chamada Cora quando jovem. A filha de Deméter e Zeus colhia flores no campo quando um narciso perfumado a atraiu. Perséfone o tocou, a terra se abriu e o deus Hades a raptou para o seu reino: as profundezas da terra. Enquanto aguardava ser resgatada, a deusa comeu sementes de romã, o que a vinculou eternamente a Hades e ao mundo subterrâneo. Porém, uma vez por ano, na primavera, a deusa volta à superfície da terra para ficar com a mãe. O mito remete a uma mulher voltada para a vida interior.

Afrodite espalha beleza e seduz


Nascida na espuma das ondas, Afrodite, a Vênus dos romanos, é a deusa do amor. Ganhou o título de “a mais bela” quando prometeu ao mortal Paris o amor de Helena, que, raptada, provocou a histórica Guerra de Troia. A deusa sempre foi disputada por seus inúmeros apaixonados. Ao tentar salvar Adônis do enciumado Ares, o deus da guerra disfarçado em javali, Afrodite pisou no espinho de uma roseira. Seu sangue transformou as rosas brancas em vermelhas.

Atena valoriza racionalidade e estratégia


Filha poderosa de um pai onipotente, Atena (Minerva, para os romanos) é a deusa da guerra, das ciências e das artes e inspira o trabalho artesanal. Foi concebida quando Zeus devorou Métis, ou a Prudência. Gerada no cérebro do soberano do Olimpo, Atena nasce quando Zeus pede a Hefesto, deus da forja, que lhe dê um golpe de machado na cabeça. Além de sábia, a deusa é justa: o voto de Minerva (Atena) desempatava questões entre deuses e homens.

Héstia protege o fogo e zela pela família



Deusa do fogo, simbolizado pela lareira, Héstia recebeu dos romanos o nome de Vesta. Era cultuada nos templos de todos os deuses e na casa de todos os mortais através da manutenção da chama eterna. Héstia representa o lar e zela pela manutenção das virtudes familiares. Aparece em obras de arte com vestidos simples, levando uma tocha na mão direita. Retraída, vivia isolada dos conflitos entre deuses e humanos e por isso há poucas histórias de Héstia na mitologia.


Zeus

(Texto da Revista Casa Cláudia – maio de 1999)




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