(Revista Isto É, março
de 2011)
(homenzinho de óculos
e bigode)
Desenho feito por Almada Negreiros
poucos dias depois da morte de Fernando Pessoa, em 1935. Foi comprado da
sobrinha de Ofélia, a paixão do poeta.
Ofélia Queirós, a
paixão do poeta.
Maria das Graças Queirós, a sobrinha
de Ofélia, se dispôs a vender o desenho ao escritor brasileiro José Paulo
Cavalcanti, autor da recente obra “Fernando Pessoa – Uma Quase Biografia”
(Record), ao ouvir de Cavalcanti o episódio de seu encontro com um sósia do
artista. Ele, Cavalcanti, não hesitou: começou a seguir o homem que desapareceu
correndo pelas ruas de Lisboa. Maria das Graças não teve dúvida: era um sinal
de boas-vindas ao brasileiro.
Verdades agora descobertas sobre Fernando Pessoa
Acreditava-se que...
1) A famosa tabacaria que inspirou Pessoa em um de seus mais geniais poemas ficasse diante de sua casa e se chamasse A Morgadinha.
2) Fernando Pessoa tivesse morrido de cirrose devido ao seu alcoolismo.
3) O poeta colocasse nomes aleatórios nos personagens de seus poemas.
Agora se sabe que...
A tabacaria ficava diante de um
escritório no qual ele trabalhava em traduções e se chamava Havaneza dos
Retroseiros.
Ele morreu de uma doença no
pâncreas que nada tem a ver com álcool.
Todos esses nomes se referem a
pessoas que conviveram com o poeta.
O significa dos pedidos para beber
O poeta Fernando Pessoa começava a
beber nas mercearias pela manhã. Segundo o octogenário e aposentado Carlos
Bate-Chapa. Ele explicou a Cavalcanti o significado dos pedidos cifrados do
escritor: “Sete” era o vinho de sete tostões, servido em copo grande e escuro
para disfarçar o alcoolismo; “286”
era, por ordem, caixa de fósforos (dois tostões), cigarros (oito tostões) e um
cálice de macieira brandy (seis tostões).
Fernando Pessoa, sem chapéu, em 1928.
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