A Avó judia
(A idishe bobe)
Numa casa de praia, em um lugar bem
isolado, a avó judia saiu com o netinho para ir brincar na areia. O garoto
estava só de short e com um bonezinho vermelho, uma das mãos segurando a mão da
avó e na outra levando um baldinho e uma pazinha para brincar. Sentou na areia
e começou a fazer um castelinho, quando uma imensa onda veio do mar e arrastou
o menino, e ele sumiu na água.
Em
desespero, a avó passou a bradar e a clamar aos céus:
- Ó Deus de Israel, por que
tamanha maldade? Tenha piedade, devolva o meu neto! Por que tamanho sofrimento?
Já não basta o que o nosso povo passou no deserto, nos campos de concentração?
E foi aí que Deus se comoveu, o céu
se iluminou, as nuvens se abriram e surgiu uma imensa mão no meio da luz
dourada que entrou no mar e, delicadamente, pegou o garotinho e o depositou aos
pés da avó desesperada.
Toda
agradecida, ela aclamou a Deus com emocionados louvores:
- Obrigada, Deus de Israel!
Minha fé está revigorada! Obrigada um milhão de vezes! Obrigada, ó Deus!
E aí, quando
as nuvens já começavam a se fechar e a mão já estava se recolhendo aos céus,
ela olhou fixo lá para cima e mais uma vez se dirigiu ao Criador.
- Só
uma perguntinha, Senhor... Bonezinho de volta, nem pensar, né...?
Como adivinhou?
Mendel Katz, fabricante de móveis,
vai passar férias em
Nova York. Na volta contou todas as suas aventuras ao sócio.
- Vê só, uma noite saímos
com o meu primo de Brooklyn e mais duas amigas dele. Quando acabamos de jantar,
ele foi-se embora com a namorada e deixou-me sozinho com a amiga. Como eu não
falo inglês e ela não falava iídiche, entendemo-nos com desenhos num
guardanapo. Primeiro, desenhou-me um casal a dançar. Eu entendi. Tomamos um
táxi e fomos dançar numa discoteca. A seguir desenhou-me uma garrafa. Aí eu
pedi um uísque ao empregado. Depois desenhou um prato. Pedi um excelente
jantar. Agora vem o incrível: ela radiante, desenhou uma cama e olhou-me bem
firme. Até hoje me pergunto como adivinhou que sou fabricante de móveis!
Numa penitenciária no
interior de Minas...
No Pátio da
penitenciária no interior de Minas, a diretora pega um megafone e anuncia:
“Tenção cambadivagabundu, chega di
moleza! Querutudu mundevassora na mão limpandesse chiquero que ocês mora.
Querutudu bem limpim modi quiamanhã nóis vamo recebê a grupu di deputado e um
grupu di senadô.”
Um preso
comenta com o colega ao lado: “Téquinfim prendero os fiadasputa!”
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