segunda-feira, 18 de julho de 2016

Um lindo poema mexicano


(Com tradução abaixo:)

Alegrate

Si eres pequeño, alégrate;
porque tu pequeñez sirve de contraste
a otros en el universo; porque esa pequeñez
constituye la razón esencial de tu grandeza;
porque para ser grande,
han necesitado que tú seas pequeño,
como la montaña para culminar
necesita alzarse entre las colinas, lomas y los cerros.

Si eres grande, alégrate,
porque lo invisivel se manifestó en ti
de manera mas excelente,
porque eres un éxito del artista eterno.

Si eres sano, alégrate;
porque en ti las fuerzas de la naturaleza
han llegado a la ponderación y a la armonía.

Si eres enfermo, alégrate;
porque luchan en tu organismo
fuerzas contrarias que acaso buscan
un resultante de belleza
porque en ti se ensaya ese divino alquimista
que se llama el dolor.

Si eres rico, alégrate,
por toda la fuerza que el Destino
ha puesto en tus manos
para que la derrames...

Si eres pobre, alégrate;
porque tus alas serán más ligeras;
porque la vida te sujetará menos;
porque el Padre realizará en ti
más directamente que en el rico,
el amable prodigio del pan cotidiano...

Alégrate si amas;
porque eres más semejante a Dios que los otros.
Alégrate si eres amado;
porque hay en esto
una predestinación maravillosa.

Alégrate si eres pequeño,
alégrate si eres grande;
alégrate si tienes salud;
alégrate si la has perdido;
alégrate si eres rico;
si eres pobre, alégrate;
alégrate si te aman;
si amas, alégrate;
¡alégrate, siempre,
siempre, siempre!

(Amado Nervo)

Alegra-te

Se tu és pequeno, alegra-te,
para que tua pequenez sirva de contraste
a outros no universo, porque essa pequenez
constitui a razão essencial da tua grandeza,
porque para ser grande,
há necessidade que tu sejas pequeno,
como a montanha para crescer,
necessita subir entre as colinas, lombas e os morros.

Se és grande, alegra-te,
porque o invisível se manifestou em ti
de maneira mais excelente,
porque és um êxito do artista eterno.

Se és saudável, alegra-te,
Porque em ti as forças da natureza
Tem chegado à ponderação e à harmonia.

Se é enfermo, alegra-te,
porque lutam em teu organismo
forças contrárias que acaso buscam
uma resultante de beleza,
porque em ti se ensaia esse divino alquimista
que se chama dor.

Se és rico, alegra-te,
Por toda a força que o destino
Tem posto em tuas mãos
Para que a derrames...

Se pé pobre, alegra-te,
porque tuas asas serão mais ligeiras
porque a vida te sujeitará menos,
porque o Pai realizará em ti
mais diretamente que no rico
o amável prodígio do pão cotidiano.

Alegra-te, se amas;
por que serás mais semelhante a Deus que os outros.
Alegra-te, se és amado;
porque há nisso
uma predestinação maravilhosa.

Alegra-te se és pequeno;
alegra-te se és grande;
alegra-te se tens saúde;
alegra-te se a perdeste;
alegra-te se és rico;
se és pobre alegra-te;
alegra-te se te amam;
se amas alegra-te.
Alegra-te sempre, sempre, sempre.

(Amado Nervo)


Amado Nervo, pseudônimo de Juan Crisóstomo Ruiz de Nervo, (Tepic, Nayarit 27 de agosto de 1870 – Montevidéu, 24 de maio de 1919) foi um poeta mexicano.

O romance O bacharel (1895) apresenta características naturalistas. Os livros de poemas Pérolas negras e Místicas (1898) têm características que indicam influência da chamada poesia modernista hispano-americana.


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