Título concedido à cidade de Porto
Alegre pelo Decreto Imperial n° 103, de 19/10/1841, para assinalar a coragem e
determinação de seus habitantes na retomada da cidade aos farroupilhas. Apesar
de o ilustre historiador Walter Spalding haver sempre grafado como “leal e
valerosa” esse título honorífico, induzindo o município a inscrevê-lo desse
modo no listel que encima o escudo de armas, a forma adotada pelo decreto
original foi mesmo “valorosa”, de acordo, aliás, com o uso dominante no século
XIX. Assim o registra a publicação oficial das Leis do Brasil e do mesmo modo aparecem as cópias remetidas à
Câmara Municipal pelo Presidente da Província, Saturnino de Souza e Oliveira
quando recebeu o ato procedente da Corte.
O engano do Prof. Spalding talvez
decorresse da circunstância de que, por algum tempo, enquanto Joaquim José
Afonso Alves foi Secretário da Câmara Municipal, até o ano de 1842, o mesmo
sempre grafou “valerosa” no cabeço das atas das sessões, certamente for
idiossincrasia pessoal sua. Todos os demais secretários, até o título cair em
desuso em 1892, escreveram “leal e valorosa cidade de Porto Alegre”, nos termos
precisos do decreto original.
(Do livro “Porto
Alegre Guia Histórico”, de Sérgio da Costa Franco)
Brasão de Porto Alegre
→ O brasão de Porto Alegre foi
desenhado por Francisco Bellanca e aprovado pela Lei no. 1030, de 22 de janeiro
de 1953. Durante a gestão do Prefeito Ildo Meneghetti foi mandado confeccionar
o brasão de Porto Alegre, através da Lei no. 1947.
Significado dos símbolos apresentados:
→ A cruz de Cristo - Recorda a origem cristã e portuguesa da
nossa gente, foi usada na época dos descobrimentos.
→ O Portão Colonial - Era o marco da entrada da cidade. Ele existiu em Porto Alegre , foi
construído em 1773 quando José Marcelino de Figueiredo transportou a capital da
Capitania de São Pedro. Relembra a organização da cidade, pois era fechado às
22 horas, separando o centro da cidade dos arrabaldes. A vida da cidade passou
a acontecer a partir do Largo do Portão, em suas imediações construiu-se a
Santa Casa de Misericórdia, e a Praça do Portão passou a denominar-se em 1873
Praça General Marques e, em 1912, Conde do Porto Alegre. O Portão Colonial
também relembra a instalação do Clero, do Senado, da Câmara e da Justiça.
→ Sustentado por um paliçal e assentado sobre um filete de ouro que representa
o solo rico da cidade, pois todo o terreno era plantado, agricultado e repleto
de granito do qual saiu a maioria dos pedestais que sustentam os monumentos de
Porto Alegre.
→ A Caravela - Recorda a Nau da
Nossa Senhora da Alminha que, segundo a tradição, trouxe à região do então
Porto dos Dornelles ou de Viamão, os casais de açorianos que inauguram em 1751
o povoamento oficial do lugar, hoje Porto Alegre.
→ A Coroa Mural de Ouro - A Coroa Mural de Ouro, de cinco torres, significa cidade grande, cidade cabeça, capital. Na família, o homem é o cabeça do lar, segundo a Bíblia o homem é a cabeça do casal e a mulher é o coração. Assim, também,
→ O Listel de Gole - Carregado das letras de prata, recorda o heroísmo da nossa gente nas lutas políticas e sociais.
→ O Conjunto de Esmaltes e Metais - Relembra as cores das bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul. O ouro é o símbolo de fidelidade. O azul é o céu sereno do Rio Grande do Sul. O verde, as águas mansas do Guaíba e também as campinas verdejantes do sagrado solo gaúcho. O vermelho significa a fé e o amor. A prata, a seriedade e o caráter nobre e altivo de nossa gente.
A Frase - A frase “Leal e Valerosa* Cidade de Porto Alegre” é o título nobiliárquico que Dom Pedro II, em 1841, outorgou a Porto Alegre pela sua constância e fidelidade ao trono.
*Mas não com essa grafia.
Hino de Porto Alegre
Autor: Breno Outeiral
Decreto nº 8451 de 24/07/84
Hino da Cidade
Porto Alegre Valerosa
Porto Alegre “Valerosa”,
Com teu céu de puro azul,
És a jóia mais preciosa
Do meu Rio Grande do Sul.
Tuas mulheres são belas,
Têm a doçura e a graça
Das águas, espelho delas,
Do Guaíba que te abraça.
Com teu céu de puro azul,
És a jóia mais preciosa
Do meu Rio Grande do Sul.
Tuas mulheres são belas,
Têm a doçura e a graça
Das águas, espelho delas,
Do Guaíba que te abraça.
(bis)
E quem viu teu sol poente
Não esquece tal visão,
Quem viveu com tua gente
Deixa aqui o coração.
E quem viu teu sol poente
Não esquece tal visão,
Quem viveu com tua gente
Deixa aqui o coração.
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