quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Mas que mancada!

Ninguém está livre de cometer uma grande gafe...

Por Christopher Buckley

(Rir é o melhor remédio em Seleções Digest)


Uma noite, o espirituoso escritor Robert Benchley, ao sair alcoolizado de um restaurante elegante, viu um homem uniformizado que supôs fosse o porteiro e pediu-lhe um táxi. O homem, porém, respondeu-lhe secamente:

– Acontece que sou contra-almirante da Marinha dos Estados Unidos.

– Nesse caso – disse Benchley ‒, consiga-me um navio.

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Os trajes podem mesmo provocar confusões. Numa recepção diplomática a que compareceu na década de 60 – alguns dizem que em Viena; outros, no Brasil –, o chanceler britânico George Brown parecia ter apreciado bastante o vinho. Ao ouvir a orquestra começar a tocar certa canção, dirigiu-se a uma refinada criatura de roupa vermelha ao seu lado e perguntou:

– Senhora, vamos dançar?

Conta-se que a elegante criatura de roupa vermelha lhe respondeu com toda a clareza:

– Não, senhor Brown, e por três razões. A primeira é que esta é uma recepção e não um baile. A segunda é que, mesmo que estivéssemos num baile, o que estão tocando é o hino nacional e não uma valsa. E a terceira é que, mesmo que isto fosse um baile e não uma recepção, e que estivessem tocando uma valsa e não o hino nacional, eu não deixaria de ser o cardeal-arcebispo

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Como as aparências enganam!

Mais gratificante do que uma gafe só uma boa “volta por cima”.

O ator David Niven estava certa vez numa festa elegante, de pé, junto a uma escadaria, conversando com um homem a quem acabara de conhecer. Duas mulheres no alto começaram a descer os degraus.

Niven comentou com o homem:

– Aquela é a mulher mais feia que já vi!

O homem empertigou-se e disse:

– Aquela é minha mulher.

– Eu me referi a outra.

– Aquela é minha filha.

Niven fitou o homem e exclamou:

– Eu não disse nada!



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