Ninguém está livre de cometer uma grande gafe...
Por Christopher
Buckley
(Rir é o melhor
remédio em Seleções
Digest )
Uma noite, o espirituoso escritor
Robert Benchley, ao sair alcoolizado de um restaurante elegante, viu um homem
uniformizado que supôs fosse o porteiro e pediu-lhe um táxi. O homem, porém,
respondeu-lhe secamente:
– Acontece
que sou contra-almirante da Marinha dos Estados Unidos.
– Nesse caso
– disse Benchley ‒, consiga-me um navio.
*****
Os trajes podem mesmo provocar
confusões. Numa recepção diplomática a que compareceu na década de 60 – alguns
dizem que em Viena; outros, no Brasil –, o chanceler britânico George Brown
parecia ter apreciado bastante o vinho. Ao ouvir a orquestra começar a tocar
certa canção, dirigiu-se a uma refinada criatura de roupa vermelha ao seu lado
e perguntou:
– Senhora,
vamos dançar?
Conta-se que
a elegante criatura de roupa vermelha lhe respondeu com toda a clareza:
– Não, senhor Brown, e por três
razões. A primeira é que esta é uma recepção e não um baile. A segunda é que,
mesmo que estivéssemos num baile, o que estão tocando é o hino nacional e não
uma valsa. E a terceira é que, mesmo que isto fosse um baile e não uma
recepção, e que estivessem tocando uma valsa e não o hino nacional, eu não
deixaria de ser o cardeal-arcebispo.
*****
Como as
aparências enganam!
Mais
gratificante do que uma gafe só uma boa “volta por cima”.
O ator David Niven estava certa vez
numa festa elegante, de pé, junto a uma escadaria, conversando com um homem a
quem acabara de conhecer. Duas mulheres no alto começaram a descer os degraus.
Niven
comentou com o homem:
– Aquela é a
mulher mais feia que já vi!
O homem
empertigou-se e disse:
– Aquela é
minha mulher.
– Eu me
referi a outra.
– Aquela é
minha filha.
Niven fitou
o homem e exclamou:
– Eu não
disse nada!
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