O marquês de Barbacena e José
Bonifácio, influentes políticos do Primeiro Reinado, tiveram, em 1829, o
seguinte diálogo: “O bem público sairia
favorecido se eu tivesse os talentos de Vossa Excelência, ou se Vossa
Excelência tivesse as minhas
manhas”, disse o marquês. José Bonifácio respondeu: “Impossível. Vossa Excelência não teria suas manhas se tivesse meus
talentos”.
José Bonifácio de Andrada e Silva
(Santos, 13 de junho de 1763 ‒ Niterói, 6 de abril de 1838) foi um naturalista,
estadista e poeta brasileiro. É conhecido pelo epíteto de "Patriarca
da Independência" por ter sido uma pessoa decisiva para a Independência do
Brasil.
Pode-se resumir brevemente sua
atuação dizendo que foi ministro do Reino e dos negócios estrangeiros de
janeiro de 1822 a julho de 1823. De início, colocou-se em apoio à
regência de D. Pedro de Alcântara. Proclamada a Independência, organizou a
ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal, e
comandou uma política centralizadora. Durante os debates da Assembleia
Constituinte, deu-se o rompimento dele e de seus irmãos Martim Francisco
Ribeiro de Andrada e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e
Silva com o imperador. Em 16 de julho de 1823, D. Pedro I demitiu o
ministério e José Bonifácio passou à oposição. Após o fechamento da Constituinte,
em 11 de novembro de 1823, José Bonifácio foi banido e se exilou na França por
seis anos. De volta ao Brasil, e reconciliado com o imperador, assumiu a tutoria de seu
filho quando Pedro I abdicou, em 1831. Permaneceu como tutor do futuro
imperador até 1833, quando foi demitido pelo governo da Regência.
Felisberto Caldeira Brant, marquês de Barbacena
Nascido em Mariana, Minas Gerais,
Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira e Horta é enviado ainda menino para
estudar em
Portugal. Forma-se na Real Academia de Marinha em 1791,
mas segue carreira no exército. Em 1808, acompanha a viagem da
família real para o Brasil. Estabelece-se em Salvador, como senhor de engenho e
comerciante. Ao se mudar para o Rio de Janeiro, em 1821, já defende a
emancipação do país. Em seguida, nomeado agente diplomático, viaja a Londres,
sob as ordens de José Bonifácio. Numa segunda viagem à Europa, em 1824, é o
grande responsável pela negociação do tratado de 1825. É nomeado ministro
da Fazenda e, em seguida, comandante das tropas brasileiras na guerra com
a Argentina. Em 1828, retorna à Europa para negociar o casamento de
Dom Pedro I com Dona Amélia de Leuchtenberg. Em 1836, como embaixador, é
enviado pelo regente Diogo Antônio Feijó para sua última missão diplomática no
exterior, que visa a anular, no tratado de 1825, negociado por ele mesmo onze
anos antes, a parte referente às tarifas alfandegárias. Morre no Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário