terça-feira, 2 de agosto de 2016

Um pingo de história



       
O marquês de Barbacena e José Bonifácio, influentes políticos do Primeiro Reinado, tiveram, em 1829, o seguinte diálogo: “O bem público sairia favorecido se eu tivesse os talentos de Vossa Excelência, ou se Vossa Excelência tivesse as minhas manhas”, disse o marquês. José Bonifácio respondeu: “Impossível. Vossa Excelência não teria suas manhas se tivesse meus talentos”.


José Bonifácio de Andrade e Silva




José Bonifácio de Andrada e Silva (Santos, 13 de junho de 1763 ‒ Niterói, 6 de abril de 1838) foi um naturalista, estadista e poeta brasileiro. É conhecido pelo epíteto de "Patriarca da Independência" por ter sido uma pessoa decisiva para a Independência do Brasil.

Pode-se resumir brevemente sua atuação dizendo que foi ministro do Reino e dos negócios estrangeiros de janeiro de 1822 a julho de 1823. De início, colocou-se em apoio à regência de D. Pedro de Alcântara. Proclamada a Independência, organizou a ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal, e comandou uma política centralizadora. Durante os debates da Assembleia Constituinte, deu-se o rompimento dele e de seus irmãos Martim Francisco Ribeiro de Andrada e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva com o imperador. Em 16 de julho de 1823, D. Pedro I demitiu o ministério e José Bonifácio passou à oposição. Após o fechamento da Constituinte, em 11 de novembro de 1823, José Bonifácio foi banido e se exilou na França por seis anos. De volta ao Brasil, e reconciliado com o imperador, assumiu a tutoria de seu filho quando Pedro I abdicou, em 1831. Permaneceu como tutor do futuro imperador até 1833, quando foi demitido pelo governo da Regência.


Felisberto Caldeira Brant, marquês de Barbacena

(1772-1841)


Nascido em Mariana, Minas Gerais, Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira e Horta é enviado ainda menino para estudar em Portugal. Forma-se na Real Academia de Marinha em 1791, mas segue carreira no exército. Em 1808, acompanha a viagem da família real para o Brasil. Estabelece-se em Salvador, como senhor de engenho e comerciante. Ao se mudar para o Rio de Janeiro, em 1821, já defende a emancipação do país. Em seguida, nomeado agente diplomático, viaja a Londres, sob as ordens de José Bonifácio. Numa segunda viagem à Europa, em 1824, é o grande responsável pela negociação do tratado de 1825. É nomeado ministro da Fazenda e, em seguida, comandante das tropas brasileiras na guerra com a Argentina. Em 1828, retorna à Europa para negociar o casamento de Dom Pedro I com Dona Amélia de Leuchtenberg. Em 1836, como embaixador, é enviado pelo regente Diogo Antônio Feijó para sua última missão diplomática no exterior, que visa a anular, no tratado de 1825, negociado por ele mesmo onze anos antes, a parte referente às tarifas alfandegárias. Morre no Rio de Janeiro.

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