sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Cronologia dos grandes vultos da história rio-grandense



Cristóvão Pereira de Abreu, 1678: construiu o forte Jesus, Maria, José de Rio Grande e iniciou o povoamento do Porto dos Casais, em 1753.

José da Silva Paes, 1679: contribuiu para a fundação de Rio Grande, em 1737.

Francisco de Brito Peixoto, 1715: capitão-mor de Laguna, indicou o local onde foi instalado o forte Jesus, Maria, José de Rio Pardo, às margens do Jacuí, na confluência com o Rio Pardo.

João de Magalhães, 1719: ocupou as terras entre a barra da Laguna dos Patos e Tramandaí, pelo litoral, entre 1725 e 1733. Foi tropeiro e um dos primeiros estancieiros naquela região.

Manoel Gonçalves Ribeiro, 1732: ganhou uma sesmaria nos Campos de Viamão, onde edificou uma capela e iniciou uma povoação em torno dela, na atual sede daquele município.

Pinto Bandeira, 1740: considerado o primeiro caudilho rio-grandense, envolveu-se em vários conflitos com os espanhóis pela posse da terra. Foi comandante militar da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, em 1784.

José Gomes de Melo, 1752: engenheiro militar encarregado de construir o forte que originou a cidade de Rio Pardo, tarefa que cumpriu sob ataques dos indígenas comandados por Sepé Tiaraju.

Sepé Tiaraju, 1756: chefiou as tropas indígenas em defesa das Missões, na Guerra Guaranítica, entre espanhóis e portugueses.

José de Abreu, 1770: herói das Guerras Cisplatinas, foi Marechal de  Campo e Governador de Armas do Rio Grande do Sul, recebendo sesmarias em Alegrete como reconhecimento, onde doou terras para a construção da cidade.

Davi Canabarro, 1796: militar que participou da Guerra Cisplatina, em 1825/28, que culminou com a independência do Uruguai. Depois participou da Revolução Farroupilha, tendo negociado e assinado a paz com os imperiais.

Domingos José de Almeida, 1797: tropeiro mineiro que levava  mulas e gado do RGS para Sorocaba. Fixou-se em Pelotas em 1819, onde entrou no negócio de charque. Foi major e coronel da Guarda Nacional, tornando-se um dos cidadãos mais prósperos da região. Participou da Revolução Farroupilha ao lado dos rebeldes.

Pedro Boticário, 1799: jornalista, advogado e vereador de Porto Alegre, defendia a reforma federativa. Apelidado de “vaca louca” devido aos discursos exaltados  que fazia. Participou da Revolução Farroupilha contra o império.

Antonio de Sousa Netto, 1803: comandante da Guarda Nacional em Bagé, maçom, foi uma das lideranças da Revolução Farroupilha. Ainda participou da guerra contra Aguirre e da Guerra do Paraguai.

Conde de Porto Alegre, 1804: Manuel Marques de Sousa participou da Guerra Cisplatina, da Revolução Farroupilha pelas tropas legalistas e da guerra contra Oribe e Rosas, bem como da Guerra do Paraguai.

Paulo José da Silva Gama, 1804: militar e político brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro e foi governador do Maranhão e 8º governador da Província de São Pedro. Recebeu o título de Barão de Bajé.

Coronel Corte Real, 1805: militar, combateu na Guerra Cisplatina e na Revolução Farroupilha. Foi aprisionado na Batalha do Fanfa e levado a presídio no Rio de Janeiro, de onde fugiu junto com Onofre Pires.

Manuel Luis Osório, 1808: nasceu em Osório, na localidade de Tramandaí, onde hoje existe o Parque General Osório. Foi militar, político e monarquista brasileiro. Recebeu os títulos de barão, visconde e marques do Herval, sendo o patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro. Participou dos principais eventos militares do final do século XIX, quando foi considerado herói da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai.

Joca Tavares, 1818: Barão de Itaqui, foi militar e presidente do Rio Grande do Sul em junho de 1892. Iniciou a Revolução Federalista em 1983. Na revolução Farroupilha juntou-se às forças legalistas e foi capturado na batalha do Rosário e, mais tarde, também foi capturado na batalha do Seival. Também participou da guerra contra Oribe e da Guerra do Paraguai.

General Câmara, 1824: participou da guerra contra Oribe e foi herói da Guerra do Paraguai. Foi Ministro da Guerra, senador do império e primeiro governador do Rio Grande do Sul após a república.

Venâncio Aires, 1841: advogado e jornalista, foi mentor político de Júlio de Castilhos, Pinheiro Machado e Ramiro Barcelos. Fundou o Partido Republicano Rio-grandense – PRR, do qual Borges de Medeiros foi expoente.

Senador Pinheiro Machado, 1851: advogado, defensor das ideias republicanas, participou da Guerra do Paraguai e da Revolução Federalista, quando derrotou Gumercindo Saraiva na Batalha de Passo Fundo. Depois se tornou senador da república pelo Rio Grande do Sul, quando foi assassinado no Rio de Janeiro.

Ramiro Barcelos, 1851: médico, jornalista, deputado provincial de 1877 a 1882. Elegeu-se senador pelo Rio Grande do Sul. Foi autor do poema Antonio Chimango sob o pseudônimo de Amaro Juvenal, onde satirizou a figura de seu correligionário Antonio Augusto Borges de Medeiros.

Gumercindo Saraiva, 1852: estancieiro na zona sul do estado, delegado de polícia, general revolucionário contra as tropas federalistas na revolução de 1893. Morreu na batalha de Carovi em 27.07.1894.

Demétrio Ribeiro, 1853: era engenheiro e fazia oposição política ao império. Ajudou a organizar a república e depois se tornou deputado federal e ministro da república.

Assis Brasil, 1857: advogado, jornalista, poeta, político, diplomata e estadista, propagava a república. Fundou o Partido Libertador e foi deputado. Como pecuarista, introduziu no Rio Grande do Sul as raças bovinas Jersey e Devon, além da raça ovina Karakul.

Protásio Alves, 1858: foi médico e deputado estadual constituinte. Com Sarmento Leite fundou a Faculdade de Medicina de Porto Alegre e teve intensa participação política na época.

Gaspar Silveira Martins, 1858: advogado e político, foi deputado estadual, deputado geral, magistrado, presidente da província, Ministro da Fazenda e senador do império.  Ferrenho adversário de Júlio de Castilhos, envolveu-se nos episódios da proclamação da república. Decepcionado com a república, empenhou-se em restaurar uma monarquia parlamentarista. Era pecuarista no Uruguai, morrendo em Montevidéu.

Júlio de Castilhos, 1860: jornalista e político, presidiu o estado duas vezes. Propagava o ideário positivista, impondo-o na Constituição Estadual de 1891. Enfrentou a Revolução Federalista de 1893 liderada por Gaspar Silveira Martins.

Borges de Medeiros, 1863: discípulo e sucessor de Júlio de Castilhos, presidiu o RGS de 1898 até 1928, através de sucessivas eleições. Com a revolução federalista de 1893, a nova constituição estadual impedia as reeleições, fato que abriu caminho para Getúlio Vargas sucedê-lo. Teve sua personalidade política retratada por Ramiro Barcelos no poema satírico Antonio Chimango, publicado sob o pseudônimo de Amaro Juvenal.

Alberto Bins, 1869: empresário e político, foi eleito vice-intendente de Porto Alegre em 1926, na chapa de Otávio Rocha, ao qual sucedeu em 1928, ficando no cargo até 1937, por meio de eleições. Organizou a famosa Exposição do Centenário Farroupilha, realizada no Parque da Redenção em 1935. Foi fundador da Varig.

Otávio Rocha, 1870: engenheiro militar, membro do PRR, foi deputado estadual e professor do Colégio Estadual Júlio de Castilhos. Deputado federal duas vezes, sucedeu a José Montaury na prefeitura de Porto Alegre por eleição, promovendo muitas reformas na cidade.

Flores da Cunha, 1880: estancieiro de Livramento, formou-se advogado no Rio de Janeiro. Foi deputado estadual e federal pelo RGS. Combateu a revolução de 1923, sendo o chefe militar que enfrentou Assis Brasil. Em 1928 elegeu-se senador. Participou ativamente da revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder. Eleito governador do Rio Grande do Sul em 1935, mais tarde ajudou a fundar a UDN.

Batista Luzardo, 1892: médico e advogado formado no Rio de Janeiro, era estancieiro em Uruguaiana. Participou do movimento que impediu Borges de Medeiros de reeleger-se pela 5ª vez. Foi deputado federal e apoiou Getúlio Vargas, voltando-se contra ele mais tarde, quando foi derrotado e refugiou-se no Uruguai.

Osvaldo Aranha, 1894: militar, advogado e político, pegou em armas na revolução de 1923, pelo lado dos chimangos. Depois foi deputado federal e Secretário do Interior. Foi ministro da Justiça, ministro da Fazenda e embaixador em Washington. Ainda no governo de Vargas assumiu o Ministério das Relações Exteriores. Na Segunda Guerra Mundial defendeu aliança do Brasil com os Estados Unidos, opondo-se aos chefes militares que desejavam aliar-se à Hitler. Presidiu a II Assembleia Geral da ONU em 1947, quando foi aprovada a criação do Estado de Israel.



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