Dizes que sou o futuro;
não me desampares o presente.
Dizes que sou a esperança da
paz;
não induzas à guerra.
Dizes que sou a promessa do
bem;
não me confies ao mal.
Dizes que sou a luz dos teus
olhos;
não me abandones às trevas.
Não espero somente o teu pão;
dá-me luz e entendimento.
Não desejo tão só a festa do
teu carinho;
suplico-te amor com que me
eduques.
Não te rogo apenas
brinquedos;
peço-te bons exemplos e
palavras.
Não sou simples ornamento do
teu caminho,
sou alguém que te bate à
porta em nome do meus Deus.
Ensina-me o trabalho e a
humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-me de mim e
orienta-me para o que seja bom e justo.
Corrige-me enquanto é tempo
ainda que eu sofra.
Ajuda-me hoje para que amanhã
eu não te faça chorar.
Arley Roberto Pereira, 14 anos,
Jornal Folhinha de São Paulo, 6/4/1975.
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