quarta-feira, 30 de novembro de 2016

O primeiro judeu do Brasil



Velho judeu sefardita

O primeiro judeu do Brasil foi um degredado, largado à própria sorte no litoral sul de São Paulo, em 1501, de nome Cosme Fernandes Pessoa, apelidado de “O Bacharel”, por sua grande cultura.

Sobreviveu heroicamente no ambiente selvagem, tendo escapado da morte por índios canibais, por ter disparado a arma de fogo que trazia.

Fundou o primeiro povoado do Brasil, Cananeia e também Jureia, derivados de Canaã e Judeia.

Criou um gueto de judeus degredados espanhóis, com um exército formado por 1000 índios, grande parte deles seus filhos (tinha uma esposa oficial filha do cacique local, mais outras namoradas, porque a poligamia era um costume nativo).

Como empreendedor, criou um estaleiro e porto, abastecendo navios que passavam pela região, vendendo água e suprimentos, assim como embarcações feitas no seu estaleiro.

Foi o verdadeiro fundador da cidade de São Vicente, no litoral sul, tendo sido obrigado a sair de lá com a chegada da expedição de Martim Afonso de Souza, em 1531.

Inconformado com a saída de São Vicente, refugiou-se em Cananeia, retornando à antiga cidade de onde fora expulso, para incendiá-la e saqueá-la, pois era contra Portugal e contra os cristãos novos portugueses, sendo um judeu resistente à assimilação (possivelmente o motivo do seu degredo).

Descobriu minas de ouro no litoral sul de São Paulo, região de Iguape, tornando-se o homem mais rico e influente do Brasil naquele tempo.

Era um judeu rebelde ao domínio português, e acolhia de forma independente seus irmãos perseguidos pela inquisição, na maioria espanhóis.

A notícia das suas minas de ouro chegou ao conhecimento do rei de Portugal, por conta de dois traidores, que por inveja e cobiça, firmaram parceria com o monarca português, prometendo mostrar onde ficavam as minas de ouro do “Bacharel”.

Por conta disso, vieram juntamente com os dois traidores, um grupo de 80 portugueses a mando do rei, para irem até as minas de Cosme Fernandes, devidamente armados e equipados para explorar o valioso metal naquelas terras remotas do litoral de São Paulo.

Cosme Fernandes não perdoava traidores: numa emboscada indígena, todos os exploradores portugueses foram mortos, inclusive os que o traíram, tendo sido devorados pelos nativos canibais.

Então, por que nos livros de história não consta este degredado, sendo mencionado, erradamente, que o primeiro degredado do Brasil seria outro judeu, Diogo Álvares, “O Caramuru”, que chegou ao Brasil décadas após “O Bacharel”?

A resposta é simples: Não interessava falar de um judeu contra o reino de Portugal, mas de outro judeu, que embora também tivesse sido degredado, posteriormente tornou-se aliado de Portugal, assimilando-se como cristão.

Fonte: Dra. Carmem Nogueira

(Do Blog Portal Judaico)

Observações

Esta compilação está no Museu Histórico de São Vicente, Cosme Fernandes, o Bacharel de Cananeia, não era português e sim um espanhol expulso, em 1492, tendo se refugiado em Portugal, sabe se que a ida de Cananeia para Iguape e São Vicente foi por embarcações náuticas, esta é uma história bem conhecida no litoral paulista!

Fatos bem conhecidos no litoral paulista, Cosme Fernandes, o Bacharel de Cananeia, tinha essa liderança e empreendedorismo, pois era um rabino espanhol expulso em 1492. Sua epopeia esta narrada no Museu Histórico e Geográfico de São Vicente sendo o pesquisador Fernando Martins Licht, o autor!

Silvio Naslauski


Um comentário:

  1. Adorei, parabéns. O Brasil tem milhões de descendentes de judeus, não, Os Bnei Anussim!?

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