→ O nome é coisa nossa – em
Portugal, por exemplo, é eléctrico. A origem por aqui é controversa. Há quem
defenda que vem do nome do cônsul norte-americano, empresário de bondes em
Belém do Pará (James Bond). Outros sugerem que é derivado de Eletric Bond &
Share, nome de uma das empresas que exploravam o serviço no Brasil. Mas a
versão mais aceita é que viria dos bilhetes emitidos pela Botanic Garden
Railroad no Rio, os chamados bonds – títulos de dívida, em inglês. Outras
palavras ficaram, e expressões criadas na época vingaram. Algumas delas:
→ Almofadinha: Virou sinônimo de
frescura, excesso de arrumação, sujeito fino. Como os bancos do bonde eram de
madeira, alguns levavam sua almofadinha para ter uma viagem mais tranquila.
→ Andar na linha (do bonde): Ser
correto e sincero nos negócios.
→ Condutor: Cobrador.
→ Fiscal: O funcionário que
controlava o número de passageiros em cada viagem.
→ Motorneiro: Motorista do bonde.
→ Pegar o bonde andando: Entrar
no meio de uma situação ou conversa em andamento.
→ Perder o bonde da história:
Perder-se no contexto de algo.
→ Pongar: Subir no bonde sem que
este precise parar.
→ Tocar o bonde: Levar algo
adiante.
→ Trombada: Nos anos 1920, um
elefante fugiu de um circo e derrubou um bonde com a tromba. A palavra virou
sinônimo de colisão.
(Do livro “Brasil
Almanaque de Cultura Popular”,
de Elifas Andreato e
João da Rocha Rodrigues)
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