sexta-feira, 30 de junho de 2017

Poemas de Victor Hugo



→ Victor-Marie Hugo ‎(1802 – 1885), poeta, novelista e dramaturgo francês cujas volumosas obras contribuíram para um grande impulso, possivelmente o maior dado por uma obra singular, ao romantismo da França.

→ Victor Hugo nasceu em 26 de fevereiro de 1802, no Besançon, e foi educado com muitos tutores particulares e também em escolas privadas de Paris. Era um menino precoce, que com idade muita curta decidiu converter-se escritor. Em 1817, a Academia Francesa lhe premiou um poema, e, cinco anos mais tarde publicou seu primeiro volume de poemas, “Odes e Poesias Diversas”, que fez muito sucesso.

→ As obras do Víctor Hugo marcaram um decisivo marco no gosto poético e retórico das jovens gerações de escritores franceses, e ainda é considerado como um dos poetas mais importantes deste país. Depois de sua morte, na época de 22 de maio de 1885, em Paris, seu corpo permaneceu exposto sob o Arco do Triunfo, e foi deslocado, segundo seu desejo, em um mísero carro fúnebre, até o Panteão, onde foi enterrado junto a alguns dos mais célebres cidadãos franceses.

Fonte: Nossa São Paulo

Fábula ou história

Um dia, magro e sentindo um real desfastio,
Um macaco com a pele de um tigre se vestiu.
O tigre fora malvado, ele tornou-se atroz
Ele tinha assumido o direito de ser feroz.
Arreganhava os dentes, gritando: eu serei
O herói dos matagais, da noite o temível rei!
Como malfeitor dos bosques, emboscado nos espinhos,
De horror, morte e rapinas, escureceu os caminhos,
Degolou os viajantes e devastou a floresta,
Fez tudo o que faz aquela pele funesta.
Vivia no seu antro, no meio da voragem.
Todos, vendo-lhe a pele, criam na personagem.
Gritava e rugia como as feras danadas:
Olhem, a minha caverna está cheia de ossadas;
Olhem para mim, sou um tigre! Tudo treme,
Diante de mim, tudo recua e emigra; tudo freme!
Temiam-no os animais, fugindo com grandes passos.
Um domador apareceu e tomando-o nos braços,
Rasgou-lhe a pele, como se rasga um farrapo,
E, pondo a nu o herói, disse:
Não passas de um macaco!

(Jersey, Setembro de 1852)

O Homem e a Mulher

 

O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono;
Para a mulher um altar.
O trono exalta; o altar santifica.

O homem é o cérebro;
a mulher o coração, o amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o gênio; a mulher o anjo.
O gênio é imensurável; o anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória;
A aspiração da mulher, a virtude extrema.
A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.

O homem tem a supremacia; a mulher a preferência.
A supremacia representa força
A preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher invencível pelas lágrimas.
A razão convence; a lágrima comove.

O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; os martírios sublimam.
O homem é o código; a mulher o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.

O homem é o templo; a mulher, um sacrário.
Ante o templo, nos descobrimos;
Ante o sacrário ajoelhamo-nos.

O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter cérebro;
Sonhar é ter na fronte uma auréola.

O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza;
O lago tem a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.

O homem tem um fanal; a consciência;
A mulher tem uma estrela : a esperança.
O fanal guia, a esperança salva.

Enfim…
O homem está colocado onde termina a terra;
A mulher onde começa o céu…


“A vida já é curta e nós a encurtamos ainda mais desperdiçando o tempo.”

“As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade.”

“A felicidade é algo que se conquista durante a vida... E quando conquistá-la, aproveite ao máximo, pois a gente só vive uma vez na vida e não é todo o momento que estamos felizes!”

“Certos pensamentos são como orações, há momentos em que, seja qual for a posição do corpo, a alma está, sempre, de joelhos.”

→ Victor-Marie Hugo (Besançon, 26 de fevereiro de 1802 ‒ Paris, 22 de maio de 1885) foi um novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos de grande atuação política em seu país. É autor de Les Misérables e de Notre-Dame de Paris, entre diversas outras obras clássicas de fama e renome mundial.



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