Embora os acólitos e os coroinhas
estejam presentes em nossas comunidades, nem sempre sabemos a diferença
existente entre esses dois ministérios. Geralmente utilizamos uma mesma palavra
para falar de funções e pessoas distintas.
O termo acólito é de origem grega,
akólouthos, que significa “servidor, seguidor ou acompanhante”. A palavra
chegou até nós por meio do latim acolythus e virou acólito.
Já a origem da palavra coroinha não é
bem certa. Existem duas versões. Uma que vem do latim pueri chori, que
significa menino do coro. Os meninos do coro, que cantavam durante a celebração
da missa, às vezes eram chamados para auxiliar os padres no serviço do altar.
Os “meninos do coro” eram chamados de coroinhas.
A outra versão do surgimento do nome
coroinha é a seguinte: antigamente, antes de serem ordenados, os padres
recebiam várias ordens, conhecidas como ordens menores: hostiário, leitor,
exorcista e acólito. Ao receber as ordens menores, os jovens recebiam a
tonsura, uma espécie de coroa que era feita na cabeça, e marcava a iniciação na
vida clerical. Os que ajudavam no altar, devido à coroa que possuíam na cabeça,
ficaram conhecidos como coroinhas.
A principal diferença que existe
entre coroinhas e acólitos são as funções e responsabilidades. O ministério de
coroinhas é mais próprio de crianças e adolescentes, meninos e meninas,
geralmente na etapa da catequese (Redemptionis sacramentum, nº 47).
Para ser acólito é necessário certo
grau de maturidade e entendimento. Hoje este ministério não é reservado somente
aos que serão padres. É um ministério que pode ser recebido também pelos leigos
(Código de Direito Canônico, nº 230). Por se tratar de um ministério instituído,
é dado pelo Bispo ou seu representante, em uma cerimônia com rito próprio.
Os acólitos têm muitas funções
durante a celebração da Missa e, também, fora dela. Segundo os documentos da
Igreja (Carta Apostólica Ministéria Quædam, do papa Paulo VI, e a Instrução da
Congregação para o Culto Divino Redemptionis sacramentum, de 2004), a principal
função do acólito é assistir ao diácono e ao sacerdote no serviço ao altar.
Quando necessário, o acólito pode
distribuir a comunhão aos fiéis, como ministro extraordinário, durante a missa
ou fora dela aos enfermos. Pode conduzir a exposição do Santíssimo para
adoração, mas não pode dar a bênção. Enfim, o acólito está a serviço da
liturgia.
Coroinhas e acólitos, todos são muito
importantes para o bom êxito e vida da liturgia. É importante lembrar que é
dentro do grupo de coroinhas e acólitos que nasceram muitas vocações
sacerdotais e religiosas. Daí a importância de incentivar a participação nesses
ministérios.
Pe. Maciel M. Claro é
sacerdote, missionário claretiano.
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