Por Marcelo Testoni
Em terra de cego,
quem tem boa intenção pode atrapalhar bastante. Abra os olhos para
não ser mais um estorvo no caminho de quem não enxerga.
1. Comunique-se em voz alta → Não se achegue sorrateiramente para não
assustar. Quando estiver a 1,5
m dele, pergunte em voz alta se pode ajudá-lo. Se ele
oferecer um aperto de mão, retribua. Se ele recusar ajuda, não insista.
2. Faça o que o cego pede → É comum “tomar conta” e, em vez de ajudar,
intimidar. Ao atravessar a rua, não busque, por exemplo, abraçar a pessoa – o
gesto pode ser interpretado como uma tentativa de imobilização ou até de furto.
Ofereça apenas o braço ou a mão como guia.
3. Sinalize os obstáculos → Se o cego for colidir, diga “pare” em vez
de “cuidado”. Se chegarem a uma calçada, diga “suba” (ou desça)” a calçada. Não
informe pontos de referência que você conheça, mas descreva como ele pode
chegar. Em ambientes familiares, não mude nada de lugar sem avisar – os cegos
se orientam pela mobília.
4. Deixe-o apalpar as coisas → Se cego precisar sentar, coloque as
mãos dele no encosto do banco. Ao fazer isso, descreva a altura do assento e
para qual lado ele está virado – isso ajuda a manter o equilíbrio.
Portas:
5. Não precisa abrir portas – é útil
ao cego memorizar para lado elas abrem.
6. Informe se a escada sobe ou
desce e conte os degraus em voz alta. Depois ajude o cego a pisar nos degraus
para sentir o tamanho deles.
(Revista Super Interessante
– junho de 2017)
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