Sara, a sofrida, é uma série de
tirinhas do André Dahmer que mostra os
pensamentos de Sara, uma mulher mais amarga e mais insegura, sobre ela própria
e os seus relacionamentos com os homens, desde um amigo gay até alguns
ex-namorados. Sara é tão insegura que quando ela encontra Zé, um namorado, com
uma cachorra, ela já acredita que ele gosta mais da cachorra do que dela; e tão
masoquista que, quando ela imagina receber um elogio de Lilo, o amigo gay, ela
adianta que ele é o único homem que mente ao seu favor e prefere acreditar que
ele não está sendo sincero.
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Infelizmente, a Sara representa
muitas mulheres. O discurso da Sara é o discurso das mulheres inseguras,
amargas, pessimistas, que se diminuem porque não são uma capa de revista e
porque não acreditam que um homem pode gostar de verdade delas. Essa série é
divertida e muito interessante por brincar com o discurso de um tanto de
mulheres e, mais, por ter sido pensada por um homem. O efeito de humor é
provocado justamente pelo fato de o André Dahmer conhecer tão de perto o que
esse tipo de mulher pensa e conversa e como esse tipo de mulher sofre por se machucar
com os próprios textos.
(Texto do blog da
Paula)
André Dahmer Pereira (Rio de Janeiro, 14 de
setembro de 1974)
é um desenhista
brasileiro.
Autor das tiras dos Malvados,
que normalmente não seguem uma linha cronológica, e têm como personagens dois
seres indefinidos, que são costumeiramente comparados a girassóis,
tirando daí o apelido que têm, “As flores do
mal”.
As tirinhas são uma crítica politicamente incorreta aos costumes e
prisões do dia-a-dia. Devido ao comportamento dos dois personagens, ficaram
conhecidos como Malvadinho (o que mais sofre) e Malvadão (o dono de críticas
muito ácidas).
Além dos Malvados, o cartunista é
conhecido também por ter criado o personagem Emir Saad, um ditador sádico e
egocêntrico, que controla seu reino (o fictício reino do Ziniguistão) na base
da carnificina, da ditadura, das ameaças, da tortura e do humor negro;
a série de tiras “Apóstolos, a série”, uma narrativa da história de Jesus, mas com várias
críticas ao cristianismo e à Igreja católica, a série “Cidade do medo”, tira
sobre violência
e mais recentemente, a série “Quadrinhos dos Anos 10”, uma série de
tiras em que mostra as contradições do mundo e da sociedade contemporânea.
Entre um e outro de seus personagens e séries de tiras, o autor se coloca como
personagem autobiográfico e satiriza suas próprias memórias e paranoias, em
especial em relação às mulheres.
Suas criações já apareceram no Jornal do
Brasil, no portal de internet G1, no jornal O Globo,
na Folha de S. Paulo, nas revistas Sexy Premium,
Piauí
e Caros Amigos.
E também foi usada no tema da redação do Enem de 2011. Dahmer se
define como agnóstico.
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