O robusto animal ilustra perfeitamente nossa potência
interna,
segundo o mestre espiritual indiano Sri Bhagavan.
Mas para que possamos acessá-la em sua plenitude
precisamos nos libertar das crenças autolimitantes.
Por Raphaela de
Campos Mello
Você sabe o que os treinadores fazem
para manter um elefante de circo sem que ele fuja? Eles amarram uma corrente de
metal em um colar em torno do pé do poderoso animal e o prendem a uma pequena
estaca de madeira cravada no chão. A 10 pés de altura, 5 mil Kg de força poderiam
facilmente tirá-lo dessa prisão. Mas ele não faz isso. Na verdade, nem sequer
tenta. O animal que pode arrancar uma árvore tão facilmente como eu e você
podemos quebrar um palito permanece cativo. Por quê?
Quando o elefante era um bebê, seus
instrutores usaram exatamente os mesmo métodos. Uma extremidade de corrente
envolveu sua perna. A outra, uma estaca de metal fincada no chão. Estrutura
forte o suficiente para o filhote. Quando tentou fugir, a amarra o puxou de
volta. Logo percebeu que, se persistisse, a corrente iria cortar sua pele.
Então se convenceu de que era inútil tentar escapar. Desistiu.
Agora, toda vez que o veterano animal
é amarrado, ele rememora a dor que sentia quando bebê. E não tenta fugir. Ao
contrário, lembra de suas limitações e atenta para o fato de que só pode se
mover tanto quanto a corrente permitir. Não importa que a estaca de metal tenha
sido substituída por uma de madeira. Não importa que o bebê de 100 Kg tenha se convertido
numa potência de 5 mil Kg. A crença do elefante prevalece.
Se você pensar bem, perceberá que
todos nós somos como os elefantes de circo. Temos um incrível poder dentro de
nós. Temos tudo de que necessitamos para enfrentar o mundo. No entanto,
cultivamos nossas próprias cadeias e cavilhas: crenças autolimitantes que nos
impedem de experimentar a verdadeira liberdade. Às vezes, é uma experiência de
infância ou um fracasso precoce. Ou, então, algo que nos foi dito quando éramos
mais jovens. “Você não pode fazer isso!” Ou “Você não é bom o bastante!”.
Enunciados que nos paralisam. Dizemos: “Não posso fazer isso porque...”, e
preenchemos a lacuna com nossas desculpas favoritas. Isso se torna os nossos
grilhões, nos impedindo de alcançar o que está bem dentro de nós: nossos
poderes.
O que está prendendo você? Qual é a
sua cadeia e a sua estaca de madeira? Reserve um tempo para se fazer essas perguntas
e também para notar como muitas vezes desempenhamos o papel do treinador de
elefantes – como pais, professores, colegas ou amigos. Quando isso acontecer,
lembre-se de lidar com seus elefantes bebês com muito cuidado. Não seja
excessivamente crítico. Não os menospreze. Não os acorrente a uma estaca.
Cada um de nós possui a força de um
elefante. Não deixe que uma mera estaca de madeira possa retê-lo. É triste
quando permitimos que nossa vida seja determinada por crenças autolimitantes em
vez de ser o fruto vitorioso da nossa força e do nosso poder. Sempre é tempo de
se libertar. Rompa a corrente. Quebre a sua crença de autolimitação. Permita-se
experimentar a verdadeira liberdade.
(Da revista “Bons
Fluidos”, agosto de 2017)
Sri Bhagavan nascido Vijay Kumar;
Natham, Tamil Nadu,
7 de março de 1949, também conhecido
como Kalki Bhagavan, é um guru espiritual indiano e fundador da Oneness University, uma
escola espiritual localizada no sul da Índia. Seu título de Kalki Bhagavan vem
derivado de tradições hindus, sendo Kalki o nome dado à décima encarnação
de Vishnu,
que retornará montado em seu cavalo branco, brandindo uma espada. Seu título de
Bhagavan vem derivado da forma respeitosa
a se dirigir a um guia, guru ou professor, de acordo com essas mesmas
tradições. Vijay Kumar proclamou-se como Kalki (a décima reencarnação de
Vishnu) em 1989, embora ele já venha a estar relutante ao usar tal título.
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