São usuais, ainda em português e
em todas as línguas da civilização ocidental, numerosas expressões latinas,
como estas, entre dezenas:
ad hocc = “para isso, para este caso”:
“foi designado secretário ad hoc”, ou
seja, especialmente para determinado evento;
ad referendum = “sob condição de
consulta aos interessados”;
current calamo (cá) = “ao correr da
pena”;
curriculum vitae = “o curso da vida”;
data venia = “com a devida permissão”;
de facto = “de fato”: opõe-se a de jure = “de direito”;
deficit (dé) = “falta”, ou seja, a
diferença a menos entre a receita e a despesa;
dura lex, sede lex = “a lei é dura, mas
é lei”;
ex cathedra = “do alto de sua cátedra”;
grosso modo = “de forma aproximada”;
habeas-corpus = “que disponhas do teu
corpo”;
habeas-data = “que disponhas de teus
dados”;
habitat = “lugar em que vive um
organismo”;
honoris (nô) causa = “para a honra”: diz-se de um grau conferido a título
honorifico;
in extremis = “nos últimos momentos”;
in natura = “no seu natural”;
ipso facto = “por isso mesmo”;
lapsus calami (cá) = “erro da caneta”;
lato sensu = “em sentido amplo”: opõe-se
a stricto sensu;
modus vivendi = “maneira de viver”;
mutatis mutandis = “mudando o que deve
ser mudado”, isto é, alterando os pormenores
nec plus ultra = “não mais além”;
persona (non) grata = “pessoa (não)
recebida com agrado”;
primus inter pares = “o primeiro entre
seus iguais”;
res, non verba = “fatos, e não
palavras”;
sine die = “sem dia (determinado)”;
sine qua non = “sem a qual não”, isto é,
condição imprescindível;
status quo (ou statu quo) = “(n)o estado em que (antes se encontrava)”:
stricto sensu = “em sentido restrito”;
sui generis = “do seu próprio gênero”,
ou seja, sem analogia com outra pessoa ou coisa;
superavit (rá) = “sobrou”, ou seja, a
diferença a mais entre a receita e a despesa;
verbi gratia = “por exemplo”.
(Do
livro “Para falar e escrever melhor o português”,
de
Adriano da Gama Kury)
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