Os 12 meninos tailandeses e o seu
professor foram resgatados numa operação heroica que fez o mundo chorar de
emoção pelo êxito obtido. Imaginemos, agora, como seria no Brasil se,
hipoteticamente, a tragédia ocorresse numa das tantas cavernas existentes no
nosso imenso país. De autor anônimo, já está circulando nas redes sociais, uma
lista com as providências que seriam adotadas pelo governo brasileiro. Ei-las,
abaixo.
01 – Criar o Ministério Nacional
das Cavernas, negociando indicação dos cargos de ministro, assessores e
secretários com os partidos da oposição e base aliada.
02 – Criar secretarias estaduais
das cavernas nos 26 estados e Distrito Federal. Aqui, (Rio Grande do Sul) por
exemplo, teríamos a Cavergs.
03 – Criar a Cavernobrás, Empresa
Brasileira de Cavernas, com abertura de concursos públicos.
04 – Votar na Câmara dos
Deputados e Senado um orçamento extra no valor de C$ 14 bilhões, para o resgate.
12 meninos + 1 adulto (adulto custa = 2 meninos).
05 – Início das obras de remoção
da montanha. (Mesmas empresas da Copa do Mundo e Olimpíada).
06 – Um deputado denuncia
irregularidades.
07 – Câmara instala a CPI das
Cavernas.
08 – Fábrica de roupas íntimas
lança o concurso de Miss Caverna.
09 – Funk da Caverna é sucesso nas
comunidades e torna-se o hit do próximo Carnaval.
10 – Equipe de resgate cruza os
braços, após 3 meses sem salário.
11 – Greve é considerada ilegal e
TST ordena o retorno imediato dos trabalhos.
12 – Acordo com sindicatos para
pagamento dos dias parados.
13 – Trabalhos recomeçam o
resgate com uma operação padrão, mas os fornecedores atrasam entrega de
equipamentos, alegando falta de repasse.
14 – Para otimizar as operações,
é criada a Anacav – Agência Nacional Reguladora de Cavernas.
15 – Passados 4 anos, problema da
caverna continua e como é ano eleitoral, candidatos prometem resgatar os jovens
brasileiros. Após as eleições, o governo eleito se queixa de uma herança
maldita. Todos morreram na caverna, mas a Globo anuncia uma minissérie para
depois da novela.
(Coluna do Rogério
Mendelski, no Correio do Povo, julho de 2018)
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