segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Poema ortográfico



Eu acho tão engraçado
O “X” mudar de valor
Parece até camaleão
Que sempre troca de cor.

Na maioria das vezes
O “X” soa como “che”:
Xerxes, xícara, xarope,
Xadrez e caxinguelê.

Em exame, exílio, exato
Ele tem o som de “”.
Esta letra é mais teimosa
Do que o Saci-Pererê.

Em muitos casos o “X
Tem o valor de “cs”:
Sexo, fixo, anexo,
Desta maneira se lê.

É a letrinha mais indócil
Entre todas do a-bê-cê.
Em defluxo, trouxe, auxílio
Sua pronúncia é “”.

Falta ainda a sibilante
Que eu digo meio assobiado.
Reparem nestes exemplos:
Expulso, extrato, explicado.

Mas, apesar de tudo isto,
O “X” e u vou defender:
Quem conhece os seus valores
Demonstra que sabe ler!

(Walter Nieble de Freitas, 
em Manual Pedagógico para a Escola Moderna)

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