quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Rio foi, é e será sempre Rio!



Boulevard da Olímpiada:
Ao fundo, a ponte Rio-Niterói, o Museu do Amanhã, em branco,
 o aeromóvel... o povo ainda feliz nas praças.

Rio do meu amor

Billy Blanco

Mais do que apenas uma letra de uma música da MPB, ela traduz todo amor que eu e muita gente sente pelo Rio de Janeiro, que, apesar de tudo, é a capital de todos os brasileiros, pela suas belezas naturais e pela exuberância afetiva de seu povo.

Rio,
Estácio, no passado, fez este presente,
E deu abençoado três vezes à gente,
Pois Deus é africano, índio e português,
E com o babalaô, como o padre e o pajé,
A macumba, a crendice, a missa e a fé,
Rio, bonito até mesmo com chuva
Cresceu, foi surgindo e todo lindo se fez.

Rio,
De Pedro que, primeiro, foi compositor,
Foi grande seresteiro, imenso imperador,
Amigo do chalaça,
Que a história passa, mas não diz.
Era o dono das francesas lá da Ouvidor,
De marquesas balançou o coração,
Da tristeza de partir, partiu feliz,
Por saber que inaugurou meu Rio, meu Rio,
Como a capital do amor deste país.

Rio,
De Vasco e Botafogo, América e Bangu,
Maracanã vibrando em dia de Fla-Flu,
Do bonde que a saudade ornamentando praça,
Do tostão que era bom como a Lapa já foi,
Da boneca dourada que passa, que engana,
Enfeitando calçada de Copacabana,
Ipanema, Leblon e Arpoador.

Rio,
Do grande carnaval, do 1º de abril,
Da Vila que desceu, do dólar que caiu,
De São Judas Tadeu, São Jorge e Cosme Damião.

Rio,
De São Sebastião que é de janeiro,
Redentor que Paulo VI iluminou,
Rio de Deus que é brasileiro e do lugar,
Rio do bicho que não deu, mas ia dar,
Festival de anedotas, luz e cor,
Foi aqui que descobri que a vida é,
E encontrei o meu amor!

Escute, nas internet, a gravação dessa música na voz do autor, o compositor Billy Blanco*

* William Blanco Abrunhosa Trindade, mais conhecido como Billy Blanco (Belém, 8 de maio de 1924 − Rio de Janeiro, 8 de julho de 2011), foi um arquiteto, músico, compositor e escritor brasileiro.




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