Afro-Samba → Como as canções praieiras de Caymmi, é um gênero que
se encerra nos seus criadores, Baden Powell e Vinicius de Moraes. Com temática
de religiões afro-brasileiras e violão percussivo, evocando atabaques, as
músicas foram reunidas num disco, “Os afros-sambas”, de 1966.
Partido-Alto → É baseado nos improvisos, feitos a partir de um
refrão por dois ou mais cantores, muitas vezes como desafio. Bons partideiros
como Aniceto e Marquinho China são das figuras mais respeitadas do samba.
Pagode → No original, era sinônimo de festa com música. Passou a
ser usado para definir o samba feito entre os anos de 1970 e 1980, por artistas
das rodas no Cacique de Ramos, como Arlindo Cruz e Almir Guineto. Depois, foi
apropriado pela geração dos anos 1990, de Raça Negra e Só pra Contrariar.
Samba-Canção → Teve seu apogeu na Era de Ouro, entre 1930 e 1950.
Com forte influência do bolero, então bem popular, é caraterizado pelo
romantismo “dor de cotovelo” e por interpretações sentidas. Ângela Maria,
Orlando Silva, Sílvio Caldas e Maysa são expoentes do gênero.
Samba-Choro → São sambas cantados que têm feitio melódico e
andamentos do choro. Surgidos a partir dos anos 1930, têm entre seus
representantes “Conversa de botequim”, de Noel Rosa, em linhagem que inclui
“Chega de saudade”, de Tom e Vinicius.
Samba de Breque → Samba sincopado com uma pausa na qual o cantor
faz comentários falados, marcados pelo humor. Luis Barbosa foi o precursor do
gênero popularizado por Moreira da Silva no fim dos anos 1930.
Samba-Enredo → Composição feita para os desfiles das escolas no
carnaval, no fim dos 1940. Passou por mudanças nas letras (de samba sobre a
História oficial do Brasil, até os enredos patrocinados) e na música (hoje mais
acelerada e incorporando elementos como funk carioca).
Samba-Funk → Nascido ao incorporar a influência do soul e do funk a
partir do início dos anos 1970. Dom Salvador e Abolição e, posteriormente, a
Banda Black Rio, consolidaram o estilo. Tim Maia e Jorge Bem Jor também
trafegaram pelo gênero, hoje popular com Seu Jorge.
Bossa Nova/Samba-Jazz → Sua representação máxima é o violão e o
canto de João Gilberto, a poesia de Vinicius de Moraes e a música de Tom Jobim.
Com artistas como Nara Leão, Roberto Menescal e Carlos Lyra, ganhou o sotaque
da classe média carioca. Sua vertente instrumental foi o samba-jazz, cujo
habitat era o Beco das Garrafas.
Samba-Rock → Jackson do Pandeiro usou o termo em “Cliclete com
banana”, no fim dos anos 1950. Na época, o violonista Bola Sete experimentava a
mistura. Mas a vertente se anunciou mais claramente depois com Ed Lincoln,
Durval Ferreira e Orlandivo, popularizando-se a partir de Jorge Bem Jor. Dos
anos 1970 em diante, Bebeto e Marku Ribas reforçaram a linguagem.
(Do Segundo Caderno
de O Globo, de 27.11.2016)
Independente de suas variações, o SAMBA veio pra ficar, prova disso este ano comemoramos cem anos. Ah! Quem não se ALEGRA dançando ao seu ritmo
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