Þ Enquanto o
palhaço, no centro do picadeiro, gritava que era ladrão de mulher, roubaram a
dele.
Þ O domador distraído
enfiou a boca na cabeça do leão.
Þ Os elefantes entraram
incomodando muita gente.
Þ Na corrida, ninguém ganha
da mulher barbada.
Þ O quebrador de tijolos
com a cabeça veio com duas malas: uma cheia de tijolos e a outra cheia de
aspirinas.
Þ O anãozinho foi
apresentado com o gigante mais baixo do mundo.
Þ Entrou claudicante na
jaula o velho tigre-de-bengala.
Þ O engolidor de fogo
faltou por causa de uma crise de azia.
Þ O trapezista sofria de
vertigem das baixezas.
Þ O casaca-de-ferro veio
numa camisa-de-força.
Þ Quieto no seu canto, o
contorcionista lambia suas sobrancelhas.
Þ A equilibrista era tão
medrosa que usava rede até nos cabelos.
Þ O urso era tão versátil
que ia de um polo ao outro.
Þ Muito religiosos, os
cachorrinhos amestrados eram filhos de um pastor.
Þ Divórcio no picadeiro: o
homem-bala era de festim.
Þ A mulher do atirador de
facas fugiu com o amolador.
(Texto de Jô Soares,
Revista Veja, de 29.05.1991)
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