(E tudo acontecia na Rua da Praia...)
- Alô,
quem fala?
-
Empresa de Mudanças Tom Mix.
-
Gostaria de falar com o dono, por favor.
- Que
deseja?
- O
bandido.
Meio pau
Sabendo que Tucha (famoso barbeiro de
Porto Alegre) tinha especial consideração por tradicional família da cidade.
Nestor Barbosa (médico e grande gozador) ligou-lhe, fazendo-se passar por um de
seus membros mais ilustres:
- Tucha, amanhã é feriado
nacional e eu estou em
dúvida. Achas que devo pendura a bandeira no mastro aqui do
edifício?
- Acho eu que deve – disse o
barbeiro, desvanecido com
a consideração.
- Mas tu achas que devo
botar meio pau ou pau inteiro?
Instantaneamente, um alarme soou na
cabeça de Tucha. Logo percebeu a gozação e reagiu rápido:
- Se for na bunda da tua
irmã, podes botar o pau e meio, que tem muito espaço. Depois, querendo, limpa
tudo com a bandeira ,
filho da puta!
Preço de tabela
Quando o
telefone tocou, Tucha atendeu:
- Olá,
Tucha aqui quem fala é o Oddone Greco (grande sacana da cidade).
- Oddone, tu vives me chateando. Para
com essas brincadeiras. Eu sei que és tu quem passa os trotes.
- Tucha, tu sabes que eu te
aprecio muito. Mas eu sou assim mesmo. Não leves a mal as brincadeiras. Aliás,
estou até para te fazer uma visita aí na barbearia. A Propósito, quanto estás
cobrando para lavar a cabeça?
- Lavar a cabeça é cinquenta
mil-réis.
- E para lavar o caralho
todo, quanto é?
Tucha
Na hora de maior movimento do salão,
Nestor Barbosa, disfarçando a voz, ligou para Tucha e, educado, perguntou:
- O
senhor está muito ocupado agora?
- Mais
ou menos, por quê?
- Eu
precisava dos seus serviços aqui em casa, tenho encontro importante hoje à
noite. Será que poderia vir à tardinha?
- Pois
não – disse o barbeiro – é para fazer o quê?
- É
pra lavar, cortar e fazer permanente nos pentelhos.
*
* * * * *
- Alô, de onde fala?
- Aqui é da casa do doutor
Mário Cinco Paus.
- Quantos?!
– de Renato Maciel de Sá Júnior)
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