segunda-feira, 30 de abril de 2018

LUNARA


(Luiz do Nascimento Ramos)

→ A velha periferia, o velho Arroio Dilúvio “Nhô João Deixa Disso” e “Dois Philophos-Riachinho”, com seus complementos aos títulos em alemão: cartões-postais artísticos de mais de cem anos atrás de Porto Alegre.


Nhô João Deixa Disso


Dois Philosophos


→ Europeus, Gaúchos, Negros: “Sesteada”, acima, e “Aguadeira”, abaixo, fotografias de Lunara apresentam uma cidadela bucólica marcada pelo encontro de etnias.


Quem foi

Luiz do Nascimento Ramos (Porto Alegre RS 1864 − idem 1937). Fotógrafo e comerciante. Sabe-se que atua em Porto Alegre nas primeiras décadas do século XX, mas não há dados a respeito de sua formação. Começa a trabalhar como guarda-livros, tornando-se mais tarde sócio da firma de importações Franco, Ramos & Cia. Fotógrafo amador, integra a associação Sploro Photo-Club, em Porto Alegre, e registra a periferia da cidade aos domingos. Utiliza o pseudônimo Lunara para expor suas imagens. Conquista medalha de ouro na Mostra Grupal de Artes Plásticas, promovida pelo jornal Gazeta do Comércio, em 1903, e, no ano seguinte, é premiado em concurso realizado pelo Photo Club Hélios.

→ Na década de 1910, publica regularmente seu trabalho na revista Máscara. Em 1922, recebe prêmio da publicação Revue de France, de Paris, fato noticiado na revista Ilustração Brasileira, do Rio de Janeiro, que dedica duas páginas ao seu trabalho. Após seu falecimento, sua obra permanece durante décadas guardada por familiares.

→ Em 1976, a jornalista e fotógrafa gaúcha Eneida Serrano (1952) descobre 23 negativos de vidro e dois álbuns com 60 fotografias de sua autoria e, três anos depois, realiza a exposição Lunara − Amador 1900, no Museu de Comunicação Hypólito José da Costa, em Porto Alegre.

Em homenagem ao artista, em 2001, o centro cultural Usina do Gasômetro, na capital gaúcha, inaugura a Galeria Lunara, espaço especializado em fotografias.

(Do Blog Enciclopédia Itaú Cultural)


Áureo, filho de Lunara.


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