Soren Kierkegaard
(1813 - 1855)
Arriscar-se
Rir é arriscar-se a parecer
doido,
Chorar é arriscar-se a
parecer sentimental,
Estender a mão é arriscar-se
a comprometer-se,
Mostrar os seus sentimentos é
arriscar-se a se expor,
Dar a conhecer as suas
ideias, os seus sonhos,
é arriscar-se a ser rejeitado,
Amar é arriscar-se a não ser
retribuído no amor,
Viver é arriscar-se a morrer,
Esperar é arriscar-se a
desesperar,
Tentar é arriscar-se a falhar,
Mas devemos nos arriscar!
O maior perigo na vida está
em não arriscar.
Aquele que não arrisca nada,
− Não faz nada!
− Não tem nada!
− Não é nada!
*****
Rir é arriscar-se a parecer
louco.
Chorar é arriscar-se a
parecer sentimental.
Estender a mão para o outro é
arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é
arriscar-se a expor seu eu verdadeiro.
Amar é arriscar-se a não ser
amado.
Expor suas idéias e sonhos ao
público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a
morrer...
Ter esperança é arriscar-se a
sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a
falhar.
Mas... é preciso correr
riscos.
Porque o maior azar da vida é
não arriscar nada...
Pessoas que não arriscam, que
nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o
sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender,
sentir, crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas
atitudes, são escravas;
Abrem mão de sua liberdade.
Só a pessoa que se arrisca é
livre...
“Arriscar-se é perder o pé
por algum tempo.
Não se arriscar é perder a
vida...”
O
dinamarquês Soren Kierkegaard foi um dos maiores pensadores de todos os tempos.
Foi um dos primeiros filósofos a se colocar contra a secular tradição platônica
de um mundo das ideias como modelo para o humano. Kierkegaard criticava a regra
geral platônica e afirmava não desejar ser apaziguado em suas contradições de
vida. Foi um pensador muito intenso e profundo. Sua obra versa sobre como cada
pessoa deve viver, focando sobre a realidade humana concreta em relação ao
pensamento abstrato, dando ênfase à importância da escolha e do compromisso
pessoal. Suas obras lidam também com problemas religiosos , a fé e a ética
cristã e teológica. A obra de Kierkegaard caracteriza o existencialismo
cristão, em oposição ao existencialismo de Jean-Paul Sartre ou ao
proto-existencialismo de Friedrich Nietzsche, ambos derivados de uma base
ateística.
Ensinamentos:
“Que o caminhante adquira a
sua alma na paciência.”
“A
porta da felicidade abre só para o interior; quem a força em sentido contrário
acaba por fechá-la ainda mais.”
“Que
o caminhante que se dirige para o seu longínquo destino não se apresse no
começo, mas, de cada vez que cai a noite, pacientemente descanse para poder
continuar o caminho no dia seguinte; que aquele que carrega um pesado fardo não
se esgote excessivamente no começo, mas, de vez em quando, deponha o fardo no
chão, sentando-se ele mesmo ao seu lado, a fim de ganhar novas forças para o
carregar; que aquele que trabalha pacientemente o seu campo espere pela chuva
tardia e pela temporã até chegar a colheita. (...) Que o caminhante adquira a
sua alma na paciência...”
“A
angústia é a possibilidade da liberdade. É o medo dessa possibilidade. A angústia
é o puro sentimento do possível. Se houver coragem de ir mais além, se
constatará que a então realidade será muito mais leve do que era a
possibilidade. E o grande salto será o mais difícil, será cair nas mãos de
Deus, será a coragem.”
“A
ansiedade é a vertigem da liberdade.”
“A
vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida
olhando-se para a frente. “
“Ame
profunda e apaixonadamente. Você pode sair ferido, mas essa é a única maneira
de viver a vida completamente.”
“A
decepção mais comum é não escolhermos ou não podermos ser nós próprios, mas a
forma mais profunda de decepção é escolhermos ser outro antes de nós próprios.”
“A
função da oração não é influenciar Deus, mas especialmente mudar a natureza
daquele que ora.”
“A
inveja é a admiração sem a esperança.”
“Ousar
é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se definitivamente.”
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