Cine Rian, Cinelândia
− 1957
Às vezes, imagino como seria ser
adulto e circular pelas ruas do Rio em 1957 e ver passar alguns de seus
habitantes – talvez viajar de bonde, entrar num elevador ou tomar café em pé ao
lado de um deles e ouvir o que diziam. Por que 1957? Nenhum motivo. Foi só um
ano em que os citados a seguir estavam vivos, ativos, morando no Rio e, muitos,
inconscientes da sua grandeza e, alguns, da própria imortalidade.
Carlos Drummond de Andrade, Manuel
Bandeira, José Lins do Rêgo, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Clarice Lispector,
Álvaro Moreyra, Aníbal Machado, Lúcio Cardoso, Vinicius de Moraes, Mário
Faustino, Gilka Machado, Cecília Meireles, Fernando Sabino, Paulo Mendes
Campos, Rubem Braga, Agrippino Grieco, Rachel de Queiroz, Marques Rebêlo, Otto
Lara Resende, Augusto Frederico Schmidt, Ferreira Gullar.
Otto Maria Carpeaux, Raymundo de
Castro Maya, Alceu de Amoroso Lima, Gustavo Corção, Sérgio Porto, Millôr
Fernandes, Antônio Maria, Nélson Rodrigues, Silveira Sampaio, Antônio Callado,
Procópio Ferreira, Bibi Ferreira, Maria Clara Machado, Henriette Morineau,
Ziembinski, Tônia Carrero, Paulo Autran, Fernanda Montenegro, Eros Volusia,
Oscarito, Grande Otelo, Humberto Mauro, João Saldanha, Didi, Garrincha.
Villas-Lobos, Pixinguinha, Aracy de
Almeida, as irmãs Linda e Dircinha Baptista, Elizeth Cardoso, Dolores Durant,
Dick Farney, Lúcio Alves, Ary Barroso, Dorival Caymmi, o jovem Antônio Carlos
Jobim, Radamés Gnattali, Cláudio Santoro, Edino Krieger, Guerra Peixe, Ataulpho
Alves, Lamartine Babo, Braguinha, Mário Reis, Carlos Galhardo, Sílvio Caldas,
Orlando Silva, Humberto Teixeira, Luiz Gonzaga.
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa,
Affonso Eduardo Reidy, Burle Marx, os irmãos Roberto, Carmen Portinho, Mário
Pedrosa, Oswaldo Goeldi, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Portinari, Di Cavalcanti
e muitos mais. Todos tentando construir o Brasil – para vocês ver como é
difícil.
Copacabana − 1957
(Do livro “A arte de querer bem”, de Ruy Castro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário