Aquela que matou o guarda
No Rio antigo e em alguns lugares do Brasil, sempre que alguém queria beber uma certa marca de cachaça, pedia no boteco: “Me dá aquela que matou o guarda!”. O bodegueiro servia logo a cachaça da marca Canjebrina, que virou sinônimo de pinga.
Engana-se
quem pensa que “aquela que matou o guarda” foi a cachaça. Tratava-se de uma
mulher que trabalhava para Dom João VI e se chamava Canjebrina que, como
informam os dicionários, significa pinga, cachaça. Ela teria matado um dos
principais guardas da corte do rei. O guarda era seu marido e estaria de caso
com Dona Carlota Joaquina. Portanto, teria sido a canjebrina que teria matado o
guarda. Por ter uma marca com esse nome, toda vez que pedia uma cachaça, pedia
“aquela que matou guarda”.
Fato
é que essa história nunca foi comprovada, mas consta do livro Inconfidências da
Real Família no Brasil, de autoria de Alberto Campos de Moraes.
*Carlota Joaquina, ao embarcar na Caravela que a levaria, juntamente com toda família real, de volta a Portugal, ao limpar os sapatos sujos de terra, disse a seguinte frase: “Desta terra eu não levo nem o pó!” grita a rainha Carlota Joaquina, enquanto arranca o sapato e o atira ao mar da orla carioca. A bordo da nau que finalmente a levaria de volta para a Europa, em 1821.
Nenhum comentário:
Postar um comentário