A velhice de um cão
Seu cachorrinho já lhe terá
proporcionado muitas alegrias. Cuide para que ele tenha um final de vida feliz.
Sempre que for possível, deixe que ele permaneça ao seu lado, pois este será, realmente,
um dos poucos prazeres que lhe restarão na velhice. A grande despedida está
próxima e ele, por instinto, sabe disto. É natural que deseje a companhia
daquele que aprendeu a amar e respeitar durante toda a vida.
Não o abandone agora! Ele já não será
mais aquele animal bonito de antes. Seus pelos começam a cair. Seu caminhar
perderá a elegância e sua cabeça penderá, cansada, sobre suas patas. Somente
seu olhar acompanhará os passos de seu dono. Lembre-se que, dentro do peito,
ele ainda possui aquele coração que vibrará com o som da sua voz.
E, chegando o fim, não se envergonhe,
chore. Você acabou de perder o mais dedicado e fiel dos amigos... “Seu cão!”
Cachorrinhos*
Em uma cidadezinha vivem apenas 5 000
famílias. Algumas delas não possuem cachorros e as restantes possuem um ou
dois. Todos os cachorrinhos dessa cidade vivem com uma família. A maioria das
famílias tem um cachorrinho e a metade das famílias restantes tem dois.
Qual é o
número de cachorros dessa cidade?
*
Existem 5000 cachorrinhos na cidade.
Homens ou Macacos
Alguns macacos sentados num coqueiro
discutindo sobre coisas de que ouviram dizer...
Disse um deles para os outros:
− Há um rumor de que pode
ser verdade que os seres humanos descendem da nossa nobre raça.
Respondeu um
deles:
− Bem, essa ideia é uma desgraça!
Nenhum macaco jamais desprotegeu sua fêmea ou deixou seus bebês famintos ou
arruinou a vida deles. Há, também, uma outra coisa que nunca foi vista entre
nós: Macacos cercando um coqueiro e deixando os cocos apodrecerem, proibindo
outros macacos de se alimentarem, já que, se a árvore fosse cercada, a fome
faria outros macacos nos roubarem. Outra coisa que macacos jamais fizeram: Sair
à noite para roubar, usando porretes, facas ou armas, para tirar a vida de
outros macacos. Sim, os humanos descendem de uma espécie muito rude de
primatas. O que vocês podem ver é o que fazem com os lugares onde moram, pois
derrubam sem dó tudo o que encontram, a sujeira que fazem e o fogo que põem nos
arredores e nas matas. Além disso, os costumes estranhos que têm, jogando
sujeira no ar que respiram, o que deve fazer com que fiquem muito violentos. Nós
não fazemos nada disso, e quando pegam um de nós nos põe atrás das grades. São
ferozes mesmo! Amigos... Com certeza os humanos não descendem de nós.
Fique com
Deus
Durante todo o dia eu tinha estado muito ocupada: recolher lixo, limpar
banheiros e esfregar chãos. Minhas crianças crescidas viriam para casa para o
fim de semana. Fiz compras no supermercado e, para o jantar, preparei um
churrasco. Eu queria tudo perfeito. De repente, percebi que estava muito
cansada. Eu simplesmente não podia mais trabalhar como quando era mais nova.
Decidi descansar por um minuto. Falei para meu marido, Roy, enquanto caia em
minha cadeira de balanço. A música tocava, meu cão e meu gato se perseguiam e o
telefone tocou.
Uma escritura de Salmo 46 estourou em minha mente. Compreendi que eu não
tinha dispensado muito tempo em oração. Tinha estado tão ocupada que nem mesmo
podia proferir uma simples palavra de agradecimento a Deus? Lembrei-me de meu
belo terraço. Está calmo lá, eu pensei. Posso ficar alguns minutos só com Deus.
Enquanto Roy conversava ao telefone, fui para o terraço. Fechei os olhos e
comecei a orar, agradecendo por minhas muitas bênçãos.
Um pássaro voou para perto de mim, chilrando e cantar. Interrompeu meus
pensamentos. Aterrissou no alimentador e começou a jantar enquanto eu o
observava. Depois de alguns minutos se foi, cantando outra canção. Fechei os
olhos outra vez. Uma rajada de vento soprou, fazendo dançar os meus sinos.
Fizeram um som alegre, mas outra vez eu perdi minha concentração. Olhei para o
céu azul e vi as nuvens movendo-se lentamente em direção ao horizonte. O vento
parou. Meus sinos ficaram quietos novamente. Outra vez, me curvei em oração. “Bi,
bi” ouvi a buzina. Era minha vizinha. Acenou para mim e sorriu.
- Estou tentando, Deus.
Realmente estou. Cochichei comigo mesma.
Meu marido chegou.
- Te amo. Ele disse. − Estava me perguntando onde você estava. Deu-me um beijo e desceu.
- Onde haverá um lugar
calmo? Perguntei a Deus. − Hoje está impossível, pensei.
Então, repentinamente, percebi o que
acontecia. Deus falava comigo o tempo todo. Lembrei-me da música tocando e que
tinha começado o meu minuto de calma. Enviou-me um pássaro e acendeu minha vida
com sua canção. Enviou uma brisa suave. Enviou um vizinho para me fazer saber que
eu tenho amigos. Enviou meu marido oferecendo sinceros sentimentos de amor.
Enquanto eu tentava contar minhas bênçãos, Deus as estava multiplicando. Eu ri
ao compreender que as “interrupções” de meu calmo minuto com Deus eram bênçãos
especiais que Ele tinha enviado para me mostrar que Ele estava comigo o tempo
todo.
Tradução
de Sergio Barros do texto de Nancy B. Gibbs
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