sexta-feira, 10 de maio de 2019

Ensinamentos exemplares



A velhice de um cão
    
Seu cachorrinho já lhe terá proporcionado muitas alegrias. Cuide para que ele tenha um final de vida feliz. Sempre que for possível, deixe que ele permaneça ao seu lado, pois este será, realmente, um dos poucos prazeres que lhe restarão na velhice. A grande despedida está próxima e ele, por instinto, sabe disto. É natural que deseje a companhia daquele que aprendeu a amar e respeitar durante toda a vida.

Não o abandone agora! Ele já não será mais aquele animal bonito de antes. Seus pelos começam a cair. Seu caminhar perderá a elegância e sua cabeça penderá, cansada, sobre suas patas. Somente seu olhar acompanhará os passos de seu dono. Lembre-se que, dentro do peito, ele ainda possui aquele coração que vibrará com o som da sua voz.

E, chegando o fim, não se envergonhe, chore. Você acabou de perder o mais dedicado e fiel dos amigos... “Seu cão!”
  
Cachorrinhos*

Em uma cidadezinha vivem apenas 5 000 famílias. Algumas delas não possuem cachorros e as restantes possuem um ou dois. Todos os cachorrinhos dessa cidade vivem com uma família. A maioria das famílias tem um cachorrinho e a metade das famílias restantes tem dois.

Qual é o número de cachorros dessa cidade?


* Existem 5000 cachorrinhos na cidade.

Homens ou Macacos


Alguns macacos sentados num coqueiro discutindo sobre coisas de que ouviram dizer...

Disse um deles para os outros:

− Há um rumor de que pode ser verdade que os seres humanos descendem da nossa nobre raça.

Respondeu um deles:

− Bem, essa ideia é uma desgraça! Nenhum macaco jamais desprotegeu sua fêmea ou deixou seus bebês famintos ou arruinou a vida deles. Há, também, uma outra coisa que nunca foi vista entre nós: Macacos cercando um coqueiro e deixando os cocos apodrecerem, proibindo outros macacos de se alimentarem, já que, se a árvore fosse cercada, a fome faria outros macacos nos roubarem. Outra coisa que macacos jamais fizeram: Sair à noite para roubar, usando porretes, facas ou armas, para tirar a vida de outros macacos. Sim, os humanos descendem de uma espécie muito rude de primatas. O que vocês podem ver é o que fazem com os lugares onde moram, pois derrubam sem dó tudo o que encontram, a sujeira que fazem e o fogo que põem nos arredores e nas matas. Além disso, os costumes estranhos que têm, jogando sujeira no ar que respiram, o que deve fazer com que fiquem muito violentos. Nós não fazemos nada disso, e quando pegam um de nós nos põe atrás das grades. São ferozes mesmo! Amigos... Com certeza os humanos não descendem de nós.

Fique com Deus


Durante todo o dia eu tinha estado muito ocupada: recolher lixo, limpar banheiros e esfregar chãos. Minhas crianças crescidas viriam para casa para o fim de semana. Fiz compras no supermercado e, para o jantar, preparei um churrasco. Eu queria tudo perfeito. De repente, percebi que estava muito cansada. Eu simplesmente não podia mais trabalhar como quando era mais nova. Decidi descansar por um minuto. Falei para meu marido, Roy, enquanto caia em minha cadeira de balanço. A música tocava, meu cão e meu gato se perseguiam e o telefone tocou.

Uma escritura de Salmo 46 estourou em minha mente. Compreendi que eu não tinha dispensado muito tempo em oração. Tinha estado tão ocupada que nem mesmo podia proferir uma simples palavra de agradecimento a Deus? Lembrei-me de meu belo terraço. Está calmo lá, eu pensei. Posso ficar alguns minutos só com Deus. Enquanto Roy conversava ao telefone, fui para o terraço. Fechei os olhos e comecei a orar, agradecendo por minhas muitas bênçãos.

Um pássaro voou para perto de mim, chilrando e cantar. Interrompeu meus pensamentos. Aterrissou no alimentador e começou a jantar enquanto eu o observava. Depois de alguns minutos se foi, cantando outra canção. Fechei os olhos outra vez. Uma rajada de vento soprou, fazendo dançar os meus sinos. Fizeram um som alegre, mas outra vez eu perdi minha concentração. Olhei para o céu azul e vi as nuvens movendo-se lentamente em direção ao horizonte. O vento parou. Meus sinos ficaram quietos novamente. Outra vez, me curvei em oração. “Bi, bi” ouvi a buzina. Era minha vizinha. Acenou para mim e sorriu.

- Estou tentando, Deus. Realmente estou. Cochichei comigo mesma.

Meu marido chegou.

- Te amo. Ele disse. − Estava me perguntando onde você estava. Deu-me um beijo e desceu.

- Onde haverá um lugar calmo? Perguntei a Deus. − Hoje está impossível, pensei.

Então, repentinamente, percebi o que acontecia. Deus falava comigo o tempo todo. Lembrei-me da música tocando e que tinha começado o meu minuto de calma. Enviou-me um pássaro e acendeu minha vida com sua canção. Enviou uma brisa suave. Enviou um vizinho para me fazer saber que eu tenho amigos. Enviou meu marido oferecendo sinceros sentimentos de amor. Enquanto eu tentava contar minhas bênçãos, Deus as estava multiplicando. Eu ri ao compreender que as “interrupções” de meu calmo minuto com Deus eram bênçãos especiais que Ele tinha enviado para me mostrar que Ele estava comigo o tempo todo.

Tradução de Sergio Barros do texto de Nancy B. Gibbs


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