Na serra, no planalto, no pampa
gaúcho, nas missões, zona sul entre outras regiões do Rio Grande do Sul, esses
valorosos homens deixaram suas marcas através de seu trabalho árduo...
Alambrador, aramador, fazedor de
cerca, são homens que passam acampados no mato, à beira de uma sanga, só com
uma lona por cima, dormindo na grama e pelegos, fazem sua própria alimentação
ao pé do fogo.
Pronta a cerca, é feita a medição, realizado o pagamento e assim é a vida do deste profissional artesão.
Uma cerca tradicional é composta pelos palanques normais, os palanques mestres e os palanques contramestres, as tramas, os arames onde antigamente usava-se um fio farpado. Geralmente são 6 ou 7 fios ou cordas como são chamados popularmente.
A altura de uma cerca mede em média
Os buracos para assentar (socar) os palanques são feitos com uma profundidade média de 3 palmos, ou seja, em torno de
As madeiras mais utilizadas para os palanques são pau-ferro, guajuvira, angico, aroeira. As tramas em geral são de angico, guajuvira, tarumã (que é bem resistente ao fogo), guamirim.
Antigamente, as tramas e alguns palanques eram beneficiados diretamente no mato através de machado e serrote e quando a viga (madeira) era muito grossa ela era rachada por cunhas de ferro e até mesmo com estopim de pólvora.
Atualmente, com a escassez de madeira e certas proibições bem aplicadas, utiliza-se eucalipto e inclusive eucalipto tratado, tanto para palanques quanto para tramas.
Normalmente, trabalham 3 pessoas numa cerca, pois inicialmente é preciso fazer o alinhamento, geralmente a olho, fazer os buracos para os palanques, mestres e contramestres, furar os palanques e tramas, mocear as tramas, estender as tramas, estender os arames. Cada quadra de cerca mede
Em chão macio e em condições ideais três pessoas constroem em média uma quadra de cerca por dia.
Resumo de textos retirados da internet e de livros por Paulo Mena, pesquisador.
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