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Certo dia, uma mulher avistou um
mendigo, de chapéu surrado, barba comprida sentado numa calçada na Rua.
Aproximou-se dele, e, como o pobre coitado já estava acostumado a ser chacoteado
por todos, ignorou-a.
Um policial, observando a cena, aproximou-se:
− Ele está incomodando a senhora?
Ela respondeu:
− De modo algum − eu é que estou
tentando levá-lo até aquele restaurante, pois vejo que está com fome e até sem
forças para se levantar. Policial, pode me ajudar a levá-lo até o restaurante?
Rapidamente, o policial a ajudou, e o pobre homem, mesmo não
querendo ir, pois não acreditava que isso estava acontecendo com ele.
Chegando ao restaurante, o garçom, que foi atendê-los, disse
sem pestanejar:
− Desculpe, Senhora, mas ele não pode ficar aqui. Vai afastar
os nossos clientes.
A mulher respirou fundo, levantou os olhos e disse:
− Sabe aquela enorme empresa ali
em frente? Três vezes por semana, os diretores de lá, juntamente com clientes,
vêm fazer reuniões neste restaurante, e sei que o dinheiro que deixam aqui é o
que mantém este restaurante. Pois é, eu sou a proprietária daquela empresa.
Posso fazer a refeição aqui, com o meu amigo ou não?
O garçom fez um gesto positivo
com a cabeça, o policial, que estava de longe observando, ficou boquiaberto, e
o pobre homem, deixou cair nesse momento, uma lágrima de seus sofridos olhos.
Quando o garçom, se afastou, o homem, então, perguntou:
− Obrigado, Senhora, mas não entendo esse seu gesto de
bondade...
Ela segurou nas suas mãos, olhou bem dentro dos seus olhos e
disse:
− Não se lembra de mim, João?
− Me parece familiar − respondeu − mas não me lembro de
onde...
Ela, muito emocionada, disse:
− Há algum tempo atrás, eu recém-formada,
vim para esta cidade sem nenhum dinheiro no bolso... Estava com muita fome...
Sentei-me naquela praça, aqui em frente, porque tinha uma entrevista de emprego
naquela empresa, que hoje é minha. Quando se aproximou de mim, um homem, com um
olhar generoso. Lembra-se agora, João?
Ele, surpreso, afirmou que sim.
− Na época, o senhor trabalhava
aqui. Naquele dia, fiz a melhor refeição da minha vida, porque estava com muita
fome e até sem forças. Toda hora, eu olhava para o senhor, pois estava com medo
de prejudicá-lo, pois estava ali comendo graça. Foi quando vi o senhor tirar
dinheiro do seu bolso e colocar na caixa do restaurante. Fiquei mais aliviada.
Eu sabia que um dia poderia retribuir. Alimentei-me, fui com mais forças para a
minha entrevista.
Na época, a empresa ainda era
pequena... Passei na entrevista, especializei-me, ganhei muito dinheiro, acabei
comprando algumas ações da empresa, e, com o passar do tempo, fiquei a
proprietária e fiz a empresa ser o que ela é hoje. Procurei pelo senhor, mas
nunca o encontrei... Até que hoje, o vi nessa situação. Hoje, o senhor não
dorme mais na rua! Vai comigo para a minha casa... Amanhã, compraremos roupas
novas, e o senhor vai trabalhar comigo!
Se abraçaram, emocionados. O
policial, o garçom e as demais pessoas que viram essa cena, emocionaram-se
diante da grande lição de vida que tinham acabado de presenciar!
Moral da História:
Hoje sou eu a precisa de ti, amanhã
podes ser tu! Faze sempre o bem na vida, poderá um dia ele retornará em dobro
para ti!
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