O Tijolo
O pedreiro deitava o tijolo na camada de cimento.
Manejando a pá com segurança, lançava-lhe por cima outra camada.
E, sem lhe pedir opinião, punha por cima outro tijolo.
As paredes cresciam a olhos vistos.
A casa ia elevar-se, alta e sólida, para abrigar os homens.
Tenho pensado, Senhor, nesse pobre tijolo, enterrado, noite dentro, ao pé da grande casa.
Ninguém o vê, mas ele desempenha bem o seu papel e os outros precisam dele.
Senhor,
que importa que eu esteja no cimo da casa ou nos seus alicerces, contanto que
eu seja fiel, bem no meu lugar, na tua construção.
(Michel Quoist − no livro “Poemas para Rezar” − página 39)
Se o homem dissesse:
Não é um gesto de amor
que pode salvar a humanidade,
jamais haveria justiça e paz,
dignidade e felicidade na terra dos homens.
Como a sinfonia precisa de
cada nota,
Como o livro precisa de cada palavra,
Como a casa precisa de cada pedra,
Como o oceano precisa de cada gota de água,
Como a colheita precisa de cada grão de trigo,
A humanidade precisa de Ti!
Onde estiveres, único e, portanto, insubstituível.
Amanhã eu farei...
Amanhã eu terei...
Amanhã eu serei...
Por que esperar amanhã para viver?
Um dia não haverá mais amanhã para você, e você não terá vivido...
*Michel Quoist (Le Havre, 18 de junho de 1921 − Le Havre, 18 de
dezembro de 1997) foi um presbítero e escritor francês.
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